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Motoristas reclamam que aumento da frota de veículos dificulta trânsito

Segundo o Detran-PI, em 2003 a frota do estado era de 278.351 veículos. Em 2016, o número quadriplicou: são 1.081.128 veículos no Piauí.

05/01/2017 08:06

Q u e m anda de carro por Teresina precisa ter muita paciência no trânsito, principalmente com relação aos congestionamentos. Nos últimos anos, a frota de veículos aumentou consideravelmente, tornando os horários de pico um verdadeiro transtorno para quem precisa ir trabalhar ou voltar para casa. 

Segundo o Departamento de Trânsito do Piauí (Detran-PI), em 2003, a frota de veículos no Estado era de 278.351 e, na capital, 147.101. Uma década depois, esses números passaram para 820.122 no Piauí e 363.380 em Teresina. Em 2015, o Piauí registrou uma frota de 1.024.341 e, em 2016, esse número saltou para 1.081.128, ou seja, de 2003 para 2016, a frota quase que quadruplicou no Estado. 

Congestionamentos são cada vez mais frequentes nos horários de pico (Foto: Elias Fontenele/ O Dia)

A professora Viviana Vieira Pimentel reside no bairro Pedra Miúda, extremo Sul de Teresina, próximo ao Polo Empresarial Sul, e precisa sair de casa bem cedo para conseguir chegar ao trabalho no horário, às 7h. Para isso, precisa, literalmente, pegar a estrada uma hora antes, vez que, em seu percurso, está a BR-316, que é bastante movimentada. 

O tráfego na BR é muito intenso e, além disso, os motoristas precisam dividir espaço com as máquinas que estão sendo usadas para duplicar a via, o que torna o trânsito ainda mais lento. E a situação complica ainda mais quando ocorre algum acidente na estrada. 

Por ser uma estrada de ligação entre Teresina e municípios como Demerval Lobão, e pela região ser um ponto de venda de peças de caminhões, o tráfego de carros, motos, ônibus e carretas é intenso, o que dificulta ainda mais a vida de quem precisa chegar ao seu destino. 

Enquanto Viviana trabalha na zona Sul, próximo ao Estádio do Albertão, seu companheiro trabalha na zona Norte. “Se não sairmos com, pelo menos, uma hora de antecedência, chegamos atrasados, porque, além de me deixar, meu companheiro ainda vai para o trabalho dele e precisa praticamente atravessar a cidade”, disse, acrescentando que o percurso demora mais de uma hora. 

Durante o período de férias, o congestionamento é menos intenso, o que permite fazer o trajeto em menor tempo, vez que há menos carros nas ruas. Porém, quando inicia o ano letivo ou está em horário de pico, o trânsito torna-se caó- tico.

“O horário que saímos coincide com a hora que os pais estão levando os filhos para a escola e isso acaba congestionando. E também tem que sair cedo de casa exatamente para não pegar trânsito, só que não adianta, porque é muito carro”, fala. 

Condutores contribuem para trânsito caótico 

O dentista Ewerton Daniel Rocha Rodrigues reside na zona Norte de Teresina e precisa cortar a cidade até chegar ao seu trabalho, localizado na zona Sul. Para não se atrasar, ele costuma sair de sua casa por volta das 6h40 e, como as vias que ele utiliza para chegar ao trabalho são basicamente retas, o congestionamento é menos intenso. Contudo, ele reclama da atitude de alguns motoristas no trânsito. 

“Apesar de ser um percurso curto, de aproximadamente 9 km, eu levo um tempo razoável, de 20 minutos, mas eu não tenho do que reclamar, porque mesmo sendo muito trânsito, não tem muito engarrafamento. Mas isso quando não têm acidentes, porque aí sim demora bastante”, disse. 

Ele explica que, como faz um percurso contrário ao Centro de Teresina, bastante movimentando por conta das escolas, acaba não sentindo tanto os reflexos do período de aulas. Assim como a saída do trabalho, que geralmente é após às 19h, quando já encerrou o horário de pico, o que facilita bastante para não pegar o congestionamento. 

“Eu acho que Teresina é uma cidade que tem muito carro e não foi planejada para tantos veículos hoje em dia. Para mim, o principal problema do trânsito não são as vias e nem a quantidade de carro, mas sim as pessoas. São motoristas mal-educados, que andam armados no sentido de sem paciência, não respeitam as leis, estacionam onde não devem, param onde não podem e isso reflete sim em um trânsito mais lento”, conclui. 

A reportagem completa você confere no Jornal O Dia de hoje (5)

Por: Isabela Lopes
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