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Neste sábado (10), na Casa da Cultura de Teresina, acontece a Mostra Arame, com os trabalhos de sete artistas locais, contemplados pelo Edital Prêmio de Criação em Artes Visuais. Ao longo de dois meses, os participantes do projeto farão um percurso criativo através de laboratórios de criação. O resultado da troca de referências textuais, imagéticas e de informações, é o que poderá ser conferido pelo público durante a mostra.
Tássia Araújo, uma das artistas participantes do A Mostra Arame reúne trabalhos de sete artistas locais e será aberta neste sábado na Casa da Cultura Mostra contemporânea agrega os resultados de residência de artes visuais Prêmio de Criação em Artes Visuais, conta que os contemplados passaram por processos conceituais e estéticos para o aprofundamento de cada trabalho produzido. “A gente ficou em laboratório e discutimos o processo de cada um. São projetos bem diferentes uns dos outros, e durante a residência havia o compartilhamento e uma interação, onde a gente entrava na criação do outro artista. Era uma construção coletiva, embora cada um tenha um trabalho. O importante era essa troca”.
Além de Tássia Araújo, apresentam projetos em arte contemporânea, dentro da mostra, Diego de Santos (CE), Ernani Brandão (PI), Layane Holanda (PI), Maurício Pokemon (PI), Willyams Martins (BA) e WG (PI). Todos passeiam por diferentes temáticas e por diversas formas de expressão e comunicação artística.
Tássia Araújo, por exemplo, pesquisa as pastelarias chinesas e investiga possíveis motivos que os fizeram pairar em Teresina. Diego de Santos viaja de bicicleta num percurso Teresina – Parnaíba em busca de imagens poéticas através de borboletas e pássaros. Ernani Brandão revive o coletivo cultural Gramma dos anos 70.
Enquanto isso, Layane Holanda, através de sua experiência em performance, traz a plasticidade através de uma manta prateada a qual chama de Imensidão, onde se perder faz parte do processo que é viver. Maurício Pokemn, adentra nos quintais do centro de Teresina e coleta imagens antigas dos moradores. WG através do graffiti desvenda personagens reais da periferia. Já Willyams Martins descola peles em muros dos arredores da cidade.
Os projetos têm curadoria de Guga Carvalho e Ação Educativa de Marina Medeiros em caráter de residência artística de criação, percurso e curadoria. No Brasil e no mundo todas as residências artísticas são maneiras importantes de fomentar pesquisas e exposições em Artes Visuais gerando novas possibilidades de diálogo e descobertas com a cidade onde estas acontecem.
No Piauí, esta é a primeira
vez que acontece uma experiência dessa natureza: “Essa
foi a primeira residência de
artes visuais; queremos que
seja bem executada para
que outros artistas tenham a
oportunidade de participar.
Na etapa final, vamos falar
sobre os processos, sobre a
residência em si, como foi
colaborar e sobre como nos
vimos no projeto”, explica
Tássia Araújo. Os artistas que
participam dessa residência
foram selecionados a partir
do Edital Prêmio de Criação
em Artes Visuais promovido
pela Fundação Cultural Monsenhor Chaves, onde os então premiados recebem três
parcelas no valor de R$ 2.000
para desenvolver cada qual
seu projeto artístico e/ou de
curadoria na cidade de Teresina, onde são levados a fixar
moradia aqui, mesmo que venham de outros estados.