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Moradores do Jacinta Andrade realizam manifestação no MP por melhorias

Uma audiência foi feita na manhã de hoje(18) para tratar com as autoridades competentes os problemas do residencial.

18/03/2015 11:07

Na manhã de hoje (18), os moradores do residencial Jacinta Andrade, zona norte de Teresina, foram até a sede do Ministério Público para uma audiência pública com autoridades do estado, afim buscar soluções aos problemas constantes no local. Antes da audiência, os moradores se manifestaram em frente ao MP com carro de som, apitos e faixas que reivindicavam a melhoria nas questões de saúde, água, escolas e iluminação, além do problema maior que são as ocupações irregulares.

A líder comunitária do Jacinta Andrade, Anísia Teixeira, relatou a situação do local e pede que sejam tomadas medidas urgentes. “Nós estamos cobrando do governo que faça seu dever, que olhe para o local onde nós moramos e melhore a iluminação, que as obras nas escolas sejam recuperadas, as casas sejam realmente ocupadas por quem precisa de moradia e não por quem tem condições e toma o lugar dos necessitados”, relata Anísia.

Foto: Assis Fernandes/ODIA

Outro problema grave que é relatado pelos representantes do residencial é a venda dos imóveis e a ocupação irregular. “Várias pessoas que são donas das casas, nunca ocuparam os imóveis. Eles se apropriam e chegam a vender as casas por 5 ou 15 mil reais  para quem não tem onde morar”, afirma Antônio Melo, um dos lideres da movimentação do Jacinta Andrade.

Os moradores do Jacinta Andrade buscam por melhorias na infraestrutura do local. O residencial está com obras inacabadas, como escolas. Falta sinalização nas ruas, transporte coletivo eficiente e as creches não atendem a população. Ao serem recebidos pela Promotora de Justiça do MP, Miriam Lago, os moradores mostraram aos representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PI) e da Agência de Desenvolvimento Habitacional (ADH), os problemas do residencial e também pediram solução imediata.

A promotora Miriam questionou a ADH sobre alguns pontos referente ao Jacinta, como qual o critério para desocupação dessas casas e como será feito a identificação das moradias que estão alugadas, vendidas e cedidas. O MP deu o prazo de 40 dias para que a ADH se manifeste sobre os questionamentos feitos na audiência de hoje.

Representando a OAB, Joselda Nery, deu algumas sugestões para que haja um acordo e os moradores do residencial tenham os seus pedidos atendidos. Uma das propostas apresentadas foi à criação de um comitê gestor de atualização para indetificar os problemas urgentes e a questao das ocupações irregulares. “Esse comitê funcionaria com a participação das famílias, pois eles é que sabem o que acontece lá todos os dias, representantes do governo também estariam envolvidos nesse comitê para que haja agilidade na resolução dos problemas”, disse Joselda.

Os representantes da ADH presentes na audiência falaram que o desejo da ADH é ouvir e atender, no que for necessário, as carências da comunidade. Além disso, a Agência prometeu a resposta dos questionamentos do MP no prazo estabelecido. Em relação as questões das casas, foi dito que as casas que estão sendo transformadas em comércios serão investigadas e as ocupações irregulares serão investigadas.

Edição: Nayara Felizardo
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