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Moradores de rua afirmam sofrer agressões no terminal rodoviário

Coordenação do terminal nega as agressões e diz que a segurança do local foi contratada pelas empresas de viagem.

25/04/2015 07:13

Os moradores de rua do entorno do terminal rodoviário Lucídio Portela, na zona Sul de Teresina, denunciam agressões praticadas pela equipe de segurança que atua no local. Segundo os denunciantes, os seguranças utilizam, até mesmo, armas de choque para afastá-los das dependências do terminal.

“Eu fui agredido duas vezes com o cassetete dentro da rodoviária. Agora, a gente não pode nem se abrigar da chuva, pois eles vêm com muita violência e nos expulsam”, afirma um dos moradores, que prefere não ter o nome identificado. Suely Ferreira atua como flanelinha no estacionamento do terminal e afirma que já presenciou diversas agressões praticadas por seguranças aos moradores de rua. “Eles falam que a gente ameaça as pessoas com faca, obrigando a dar dinheiro. Isso é mentira, aqui é um local público, as pessoas só ajudam se quiserem, eu só quero trabalhar”, desabafa Suely.

Foto: Marcela Pachêco/O Dia


Suely Ferreira, flanelinha do terminal rodoviário

Por sua vez, o coordenador do terminal rodoviário Lucídio Portela, Rildo Cardoso, nega que agressões sejam praticadas contra os moradores de rua nas dependências do terminal. “É uma informação infundada e que nós não tomamos conhecimento. O que acontece é que recebemos inúmeras reclamações de usuários do terminal sobre a área do estacionamento, em que essas pessoas em situação de rua se utilizam de facas e armas brancas para cobrar valores abusivos”, afirma.


Rilton Cardoso, coordenador do Terminal Rodoviário Lucídio Portela, em Teresina

Ainda de acordo com o coordenador, a equipe de seguranças que atua no local foi contratada pelas agências de viagem de forma particular. “Os permissionários assinaram um termo de compromisso com uma equipe de apoio, para dar resolutividade”, explica.

O policiamento na região do terminal rodoviário é de responsabilidade do 6° BPM. O comandante, major Jorge Reis, afirma que o local não possui uma equipe especifica de policiamento, mas as viaturas realizam rondas ostensivas diariamente na região. Sobre as agressões, o comandante afirma que as vítimas devem entrar em contato com a PM, através do 190, ou procurar o 13º Distrito Policial - delegacia mais próxima do terminal rodoviário.

Por: Natanael Sousa - Jornal O Dia
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