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Moradores da zona Sudeste relatam transtornos com sistema de integração

População diz que além da distância dos pontos, o tempo de espera também gera transtornos para os usuários

26/09/2016 08:05

Os moradores dos bairros Monte Horebe e Redonda, na zona Sudeste de Teresina, reclamam que, com o novo sistema de integração dos ônibus, a população tem que se deslocar por até um quilômetro para conseguir embarcar nos coletivos que fazem linha até os novos terminais. Para utilizar o novo sistema de transporte, os usuários devem pegar as linhas radiais, que trafegam levando os passageiros dos bairros para os terminais de integração. Já nos terminais, os usuários podem escolher entre uma das linhas troncais para ir até o destino final, como bairros de outras zonas, Centro ou shoppings. 

População afirma que os pontos de ônibus ficaram distantes e precisam caminhar bastante (Foto: Assis Fernandes/ O Dia)

O aposentado Antônio Anastácio da Costa, morador do bairro Monte Horebe, afirma ter que caminhar por um quilômetro da sua casa até o ponto onde passam os ônibus que compõem as linhas radiais. O morador teme que, com a implementação definitiva do sistema, a situação continue mesma. “Aqui não passam os ônibus da integração, eles só passam depois do posto, e é um quilômetro da minha casa até lá. Para nós podermos pegar um ônibus da integração, temos que caminhar pelo menos umas dez ruas, é longe demais. Agora elas [as linhas radiais] só funcionam nos fnais de semana e nos feriados e a gente tem medo que, quando começar a funcionar de verdade, tenha que caminhar isso tudo para ir pegar um ônibus”, diz. 

Além da distância, o tempo de espera também gera transtornos para os usuários, principalmente aqueles que têm que sair cedo de casa para ir ao trabalho ou para estudar. “Eu não uso mais ônibus porque minha faculdade começa muito cedo. Eu tenho que sair de casa cinco horas da manhã. O jeito foi recorrer a outros meios de transporte, porque o transporte público daqui não funciona, demora muito para passar e, quando passa, vem superlotado, principalmente nos horários de pico”, explica. 

Contraponto

De acordo com o gerente de Fiscalização e Controle da Superintendência de Transporte e Trânsito (Strans), Vinícius Rufno, o percurso feito pelas linhas radiais contempla todos os usuários da região do Grande Dirceu. Ele destaca também que a distância entre os pontos de ônibus é de até 400 metros. “Os ônibus que vão para o Terminal Itararé e Livramento têm percurso garantido. Não houve modificação nesse sentido. Quando fizemos a projeção da localização, percebemos que o bairro Monte Horebe era atendido com uma frequência menor, em horários determinados. Contudo, há três ou quatro meses, passou a ser atendido de maneira integral. A distância para um atendimento adequado é de 300 a 400 metros. O que pode ter acontecido é o caso de algum motorista não estar cumprindo esse percurso; mas, de qualquer modo, a gente pode intensificar a fiscalização para atender esses passageiros, em especial as linhas que vão aos terminais, pois elas têm um percurso que passam por dentro do Monte Horebe”, argumenta. 

Vinícius Rufino conta ainda que, com o sistema de integração funcionando de forma definitiva, algumas linhas atuais serão extintas e substituídas pelas linhas radiais. “As linhas estão sendo reordenadas. Com a substituição de determinadas linhas por outras, as pessoas poderão fazer o mesmo itinerário que fazem hoje. Por exemplo, se eu pego uma linha Redonda/Shopping, nos dias úteis, ela trafega por dentro dos bairros e segue para o shopping, depois para o Centro e retorna pelo mesmo caminho. Já nos finais de semana, essas linhas deixam de funcionar com esse nome e passam a se chamar Redonda para o Terminal Livramento; na integração, vai pegar uma linha troncal que faz o percurso do Terminal Livramento até o shopping, melhorando a frequência e disponibilizando uma frota maior de ônibus. As linhas como elas são hoje vão deixar de existir de fato, mas no lugar delas vão surgir linhas que fazem um atendimento idêntico ou praticamente idêntico ao que acontece hoje”, finaliza. 

Sinalização também é alvo de reclamação 

Outro fator que preocupa os moradores da zona Sudeste é a falta de sinalização na Rua Serra Grande, localizada no bairro Redonda. No local, é comum ocorrerem acidentes envolvendo ônibus, carros, motocicletas e até pedestres. 

Segundo o morador Júnior Amaral, a falta de sinalização representa um perigo para quem trafega pela rua diariamente. 

“Aqui não tem sinalização, nem lombada, nem nada. Como a parada final dos ônibus fica aqui nessa rua, muitos coletivos param e atrapalham a visibilidade dos motoristas e dos pedestres também, porque o trânsito acaba sendo feito em apenas uma faixa e acaba acontecendo acidentes. Aqui já morreram três pessoas atropeladas, o último acidente aconteceu não tem nem 15 dias, é muito comum”, revela. 

Por sua vez, a Strans informou que vai enviar uma equipe até o local para averiguar o caso e tomar as devidas providências.

Edição: Virgiane Passos
Por: Nathalia Amaral - Jornal O Dia
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