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Mesmo com reabertura, número de óbitos por Covid-19 cai em Teresina

Segundo pesquisa realizada pela Prefeitura de Teresina, houve uma redução de cerca de 30% no número de óbitos pelo novo coronavírus.

26/08/2020 16:09

Apesar da retomada gradual das atividades econômicas e sociais em Teresina, a 18ª Pesquisa de Investigação Sorológica, realizada pela Prefeitura entre 21 e 23 de agosto, aponta uma redução no número de óbitos pelo novo coronavírus (Covid-19). Os dados foram apresentados pelo prefeito Firmino Filho, na manhã desta quarta-feira (26), durante videoconferência com a imprensa. 


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De acordo com os dados, até o momento foram registrados 889 óbitos de residentes na Capital. No pico do contágio, Teresina chegou a contabilizar 90 óbitos por semana epidemiológica, já na semana passada, 42 óbitos foram registrados. 

Foto: Andrea Barros/PCR/Fotos Públicas

No entanto, o levantamento aponta uma tendência de queda durante o mês de julho, totalizando uma redução de até 27% nesse período. Nas outras semanas, a redução foi acentuada, chegando a 31,91%.

Em relação aos óbitos de não residentes, foram 338 mortes até o momento, também com tendência de queda no início de agosto. "No interior, tivemos dois momentos de profunda elevação, talvez por conta da curva epidemiológica que está em diferentes fases em diferentes cidades. A boa notícia é que os modelos que previam o crescimento rápido de óbitos no final de agosto não funcionaram. Não houve a esperada sobrecarga do interior, na magnitude que a gente esperava", explica o prefeito Firmino Filho.

Em Teresina não houveram óbitos de crianças com idades entre 0 a 14 anos. Sendo o maior número de óbitos na faixa etária de mais de 70 anos, que representam 69% das mortes, enquanto esse grupo representa somete 3% da população da capital. Outro fato que vale ser destacado é de que os homens são os que mais morreram de Covid em Teresina.

Teresina tem 134.570 pessoas com a Covid-19

O número de positivados na Capital para a Covid-19 é de 134.570 pessoas. O número de positivados é seis vezes maior que os 21.804 casos confirmados oficialmente pelo Centro de Operações de Emergência (COE) da Fundação Municipal de Saúde (FMS) no momento da coleta dos dados.

De acordo com a sondagem, a cidade possui 18.248 pessoas com infecção recente, o que significa que estão com o vírus ativo e na fase de transmissão. Já quanto à infecção remota, que representa o número de imunes, a quantidade foi de 34.594.

Capital tem queda de atendimentos por síndrome gripal

A pesquisa sorológica também destaca a redução no número de atendimentos por síndrome gripal. O pico de atendimentos se deu na semana do dia 24 de junho, desde então foi registrada uma queda gradual no número de pacientes que buscam atendimento com sintomas de síndrome gripal, com uma redução média 4% nas últimas três semanas. Ao todo, foram 213.980 atendimentos por síndrome gripal e 10.989 somente na última semana.

A média diária de busca por atendimento no pico de contágio ficou em 2.822, enquanto nos últimos sete dias ea média móvel passou a ser de 1.513 atendimentos diários, uma redução de quase metade dos atendimentos em relação ao momento de pico. Apesar disso, o gráfico aponta que a queda não é tão rapida quanto a ascensão

"É quase metade das pessoas que tínhamos no momento de pico. Mesmo assim, ainda são quase 1.500 pessoas por dia buscando a nossa rede de atendimento, o que ainda é muita gente sendo atendida com suspeita de Covid. Esse indicador de síndrome gripal nos dá essa conclusão de que tem caído os índices da doença, mas ela ainda é significativa, ainda não desapareceu", alerta o prefeito.

Foto: Arquivo O Dia

Já em relação à Síndrome Respiratória Aguda Grave(SRAG), o levantamento aponta um crescimento no número de atendimentos a partir dos mês de abril até junho, com pico também na semana do dia 26 de junho. A partir desta data, houve uma queda na procura por atendimento, com tendência de estabilização na primeira semana de agosto.

"No pico da doença, houve a média de 89 pessoas sendo atendidas na forma mais aguda dessa doença, a partir de então há uma queda significativa, uma estabilização a partir de agosto com 39,57 casos por dia e total de 6.522 atendimentos de pacientes", destaca.

Ocupação de leitos de UTI

Outro indicador apresentado durante a reunião diz respeito à tendência de queda também na ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), tanto no setor público quanto privado. Atualmente, cerca de 55% da rede de leitos está ocupada, com 185 pessoas em leitos de terapia intensiva. "Os dados mostram que temos mais de 30% de capacidade ociosa de leitos disponíveis na assistência, uma segurança significativa em relação a essa doença", finaliza o prefeito Firmino Filho.

Dor de cabeça é o principal sintoma

Em relação aos sintomas, a dor de cabeça é a mais prevalente (23,4%); seguida por coriza  (19,29%); já dor de garganta, tosse, ausência de gosto e cheiro (16,43%) cada; a falta de ar fica por último com apenas 5,71%.

Casos confirmados

Sobre os casos confirmados em Teresina, existem mais casos confirmados de mulheres do que entre homens em todas as faixas etárias. Já a faixa etária mais infectada está entre 25 e 44 anos. Na faixa etária de 35 a 44 anos, as mulheres tiverem 12,42% de diagnóstico e os homens 10,13%.

 "Os óbitos são concentrados na faixa etária acima de 70 anos, especialmente no gênero masculino. No entanto, qaundo vemos a quantidade de pessoas infectadas, percebemos que é justamente na faixa entre 25 a 44 anos, com maioria de mulheres. Então, existe uma inversão", avalia o prefeito.

Em Teresina, a região Sudeste é a que mais possui infectados, com 42%. Apesar disso, essa região representa apenas 18% da população. Em seguida aparece a zona Sul, com 32% dos casos. Já a zona Leste confirmou 26% das pessoas da região com a doença.

Por: Nathalia Amaral
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