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Menina de 13 anos morre após tentativa de aborto, em Teresina

Conselheira afirma que maternidade não repassa todos os casos semelhantes para o Conselho: "Que sirva de alerta"

22/04/2016 09:14

Uma menina de 13 anos faleceu manhã de hoje, na Maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina, vítima de uma tentativa de aborto. A menina deu entrada na maternidade com um forte sangramento, e não resistiu.

Ana Amélia Silva, conselheira tutelar que foi acionada pela maternidade, comenta ainda não se há informações completas sobre o caso, mas que o Conselho irá investigar. “Quando o conselho soube do caso, ela já tinha falecido, mas mesmo assim vamos investigar. Fizemos apenas uma abordagem simples na família, por conta do momento de luto”, relata a conselheira. “Mas ela tem 13 anos, e isso já configura o estupro presumido. O caso não vai ficar assim, temos que fazer valer a lei”.

A suspeita do Conselho é que a menina tenha tomado algum tipo de medicação para provocar o aborto. “Vamos esperar os resultados de necropsia para ter certeza. Mas a suspeita é de que ela tomou algum abortivo, alguma medicinal ou remédio”.

O Conselho quer descobrir quem seria o pai do bebê, se é maior ou menor de idade, e se induziu a menina a tentar o aborto. De acordo com a conselheira Ana Amélia, existe a suspeita de três crimes: estupro presumido, tentativa de aborto e a morte da menina. “A investigação ainda está iniciando, não temos nada de concreto. Ela será enterrada hoje, então vamos ver a questão do momento, mas a família tem ciência que conselho está sabendo“.

Maternidade

A conselheira relatou que a Maternidade Evangelina Rosa não repassa todos os casos semelhantes para o Conselho Tutelar. “Ela deu entrada na maternidade às 8:40 de quarta-feira. Talvez nunca soubéssemos se ela não tivesse falecido”, disse Ana Amélia. Perguntada se a Maternidade poderia responder pela morte da menina, a conselheira disse que precisa “saber o que aconteceu”.

“Soubemos que ela chegou sangrando muito, e por isso os médicos se preocuparam em salvar a vida dela, a princípio. Temos que saber o que aconteceu antes de afirmar se houve alguma negligência em não acionar o Conselho Tutelar. Mas de toda forma, que o caso sirva de alerta.”, declarou.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Andrê Nascimento (Estagiário)
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