Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Médicos recorrem da decisão que considera ilegal paralisação da categoria

Intenção do movimento era reclamar a falta de pagamento do reajuste salarial da classe, cujo acordo fora firmado em 2015

11/10/2016 07:48

O Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) vai recorrer da decisão judicial, proferida pelo desembargador Hilo de Almeida Sousa, que considera ilegal a paralisação de 48h, iniciada ontem (10), pela categoria. O Simepi foi notificado da decisão por volta das 9h e preparou um documento pedindo a anulação da decisão judicial. 

“É com muito pesar que recebemos essa notificação. Com certeza o desembargador que deu essa ordem não conhece a realidade da Saúde no Estado. Vamos ao Tribunal para conversar pessoalmente com o desembargador. Essa não é uma decisão justa, porque todo profissional tem direito a denunciar as condições de trabalho insalubres que vivencia e a greve é um direito assistido pela lei”, argumentou o vice-presidente do Simepi, Samuel Rêgo, ao avaliar a decisão que pede a suspensão do movimento de paralisação, sob pena de multa diária de R$ 50 mil, em caso de descumprimento. 
A paralisação foi convocada pelo Simepi após o Governo do Estado descumprir o acordo de reajuste salarial, firmado ainda no ano passado, alegando problemas com a lei de responsabilidade fiscal. Pelo acordo, o Governo pagaria 30% de reajuste dividido em três parcelas, durante o triênio de 2016, 2017 e 2018. A primeira parte deveria ter sido paga no mês de maio desse ano, o que, de acordo com o Sindicato, até o momento não aconteceu. Além disso, os médicos também cobram melhores condições de trabalho nos hospitais da rede estadual. 
“A gente vive uma situação em que o profssional médico do Estado não suporta mais essa falta de estrutura, essa falta de condições de trabalho, essa pressão que é imposta”, pontua Samuel Rêgo, que também questiona a falta diálogo por parte do Governo do Estado. “Mandamos vários ofícios para o governador do Estado, mas não tivemos resposta, não há diálogo”, completa
Edição: Virgiane Passos
Por: Natanael Souza - Jornal O Dia
Mais sobre: