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Mais de 32 mi de brasileiros não controlam a hipertensão e podem morrer cedo

O cuidado poderia reduzir em 50% as mortes por infarto e em 60% por AVC. Campanha de conscientização, em mais de 30 cidades, traz como embaixadora, a atriz Ingrid Guimarães.

19/04/2015 08:59

As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no Brasil com 350 mil óbitos todos os anos. Um dos principais fatores de risco é a hipertensão que controlada poderia evitar 57,5 mil mortes por ano por infartos e 63 mil óbitos anuais por AVCs. Para o Departamento de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia, tomar o medicamento diariamente, quando prescrito e que está disponível gratuitamente na rede pública de saúde, faz toda a diferença.

A entidade está lançando mais uma etapa da campanha "Eu sou 12 por 8", que está no sexto ano, no próximo 26 de abril, Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão com o slogan: "Quem se medica contra a hipertensão vive sem restrição". O objetivo é conscientizar os hipertensos a não largarem o tratamento. "É para toda a vida e representa um passaporte para o futuro. Quem não se cuida, segundo a OMS, pode reduzir a expectativa de vida em até 16,5 anos", orienta o coordenador nacional da campanha, Marcus Bolivar Malachias.

O cardiologista lembra que 80,4% negligenciam a doença e não tomam regularmente o remédio prescrito no País. Os dados fazem parte da compilação de 14 estudos populacionais brasileiros feitos nos últimos 15 anos. "O índice de quem não se trata pode ser ainda maior, já que os estudos analisados são bastante heterogêneos e com baixa abrangência em áreas rurais, onde existe menor cobertura do Programa de Saúde da Família", explica Malachias. Os índices brasileiros são muito baixos se comparados aos dos Estados Unidos, onde 53% dos hipertensos têm a pressão controlada com o tratamento ou ainda no Canadá, onde este índice chega a 68%.

 A hipertensão não controlada provoca metade dos infartos no Brasil, que matam 115 mil pessoas por ano e ainda é responsável por mais da metade dos AVCs, com 105 mil óbitos. "Nesses números não estão os milhares que sobrevivem e acabam tendo que levar uma vida com sequelas e restrições, muitas vezes impossibilitando o trabalho e tarefas básicas do dia a dia", diz o cardiologista.

 A análise realizada pelo Departamento de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia de outros vinte e dois estudos populacionais realizados em cidades brasileiras nos últimos 20 anos constatou que a doença afeta 32,5% da população adulta. Na faixa de 60 a 69 anos, atinge mais de 50% das pessoas e 75% daqueles acima de 70 anos.

Marcus Bolivar Malachias lembra que a hipertensão é, na maioria das vezes, silenciosa, ou seja, não apresenta sintomas. "Mas basta fazer a medição de forma adequada para descobrir o problema e iniciar um tratamento, que deve ser feito sempre com orientação de um médico", completa.

O serviço estará disponível no Pátio da Secretaria de Saúde do Piauí, no dia 27 de abril.

Fonte: Da Redação
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