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Laudo do IML descarta hipótese de infanticídio dos gêmeos de Curralinhos

Os bebês foram encontrados em um matagal na madrugada da quarta-feira (7) e mãe pode responder por abandono de incapaz

10/11/2018 10:08

Após perícia realizada pelo Instituto Médico Legal (IML) no casal de gêmeos encontrados mortos em um matagal no município de Curralinhos na madrugada da quarta-feira (7), a Polícia descartou a hipótese de que tenha ocorrido infanticídio e trabalha agora com a tese de abandono de incapaz. Após o exame, a causa da morte foi tida como desconhecida, mas o documento aponta que os bebês nasceram vivos.

O laudo do IML mostra que não foram encontrados sinais de violência física e por isso a possibilidade de homicídio foi descartada. Apesar do laudo inconclusivo, a Polícia acredita que as crianças tenham morrido sufocadas pela própria placenta ou algo do tipo e direciona a investigação para a causa da morte sendo abandono de incapaz, “porque a mãe na hora que teve as crianças voltou para casa e o irmão seguiu o rastro de sangue e encontrou os fetos sem vida”, afirma o delegado Anchieta Pontes, responsável pela investigação do caso.

O delegado esperava que o laudo do IML fosse mais esclarecedor a respeito da causa da morte, já que não há testemunhas.

“O resultado não esclareceu muita coisa. Como a prova testemunhal não existia, a gente esperava que a prova técnica pudesse dar um norte. No laudo, o médico descarta que as crianças tenham sido assassinadas”, explica.

Segundo ele, a equipe de investigação acredita que, por não terem a assistência de um médico no momento do nascimento, os bebês acabaram morrendo. 

"Não teve aquela reanimação, limpeza e aquele procedimento todo. (...) A mãe teve as crianças e não providenciou um cuidado. Ela podia ter procurado ajuda do irmão, mas ela estava passando mal também", diz.

O delegado Anchieta Pontes afirma, ainda, que os próximos passos da investigação é ouvir o Conselho Tutelar, o irmão da mãe dos gêmeos (que encontrou as crianças), os avós e, por último, a mãe dos bebês. Ao portal ODIA, ele explicou que precisava do laudo para poder prosseguir com as investigações, já que para responder pelo processo é necessário uma acusação concreta "para que a mãe possa se defender".

Por: Ananda Oliveira
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