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Insegurança muda rotina de moradores da zona Sul de Teresina

Assustados, moradores evitam ficar sozinhos nas paradas de ônibus e aumentam seu percurso para não passar por ruas com pouca movimentação.

28/04/2016 07:40

Quem reside na zona Sul de Teresina tem reclamado dos constantes assaltos que estão ocorrendo na região. A insegurança tem mudado, inclusive, a rotina dos moradores que, assustados, estão adotando algumas medidas que, aparentemente, lhe trazem mais segurança.

Depois de sofrer dois assaltos no ponto de ônibus perto de sua residência, a estudante Ana Carolina da Silva Cavalcante tem evitado ficar sozinha nas paradas. “Como eu moro em residencial, eu fico na portaria e, quando vejo que o ônibus está vindo, eu saio e vou para a parada, mas não fico sozinha na parada”, disse.

Ela, que mora no bairro Angelim, conta que a região está muito perigosa, principalmente em horários que quase não tem ninguém circulando pelas ruas, como no início da manhã e meio dia. Ana Carolina relata que se sente muito insegura ao ir trabalhar no período da tarde e que, ao retornar para casa, tem optado por pegar carona com seu irmão. “Eu estou voltando de moto com meu irmão porque é mais seguro, porque eu tenho medo de ser assaltada de novo”, desabafa.

Este também é o sentimento da contadora Cláudia Andréia Andrade. Ela reside no bairro Parque Piauí e relata que a região, há muito tempo, deixou de ser tranquila e que os moradores sentem-se amedrontados com o aumento da violência. “Eu tenho medo de ficar sozinha na parada de ônibus e só fico quando eu vejo que têm mais pessoas. Eu também não ando sozinha em ruas que não tem ninguém passando, sem movimentação, e prefiro dar uma volta maior e pegar uma rua movimentada, do que ir por uma deserta”, disse.

Para a contadora, esse medo atrapalha a rotina da população que, além de se privar de andar por certas vias ou bairros, ainda afeta o psicológico, devido ao trauma que os assaltos provocam nas vítimas.

“Graças a Deus eu nunca fui assaltada, mas tenho medo por mim e pela minha família, porque a gente ouve as pessoas comentando, principalmente aqui na zona Sul. Antigamente, não se ouvia falar de assaltos nessas imediações, mas agora é direto e tem assustado. Você está andando e, de repente, aparece uma moto e o assaltante leva suas coisas”, lamenta.

A reportagem do Jornal ODIA tentou contato com o 6º Batalhão de Polícia Militar (BPM), mas as ligações não foram atendidas até o fechamento desta edição.
Por: Isabela Lopes - Jornal O DIA
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