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Inclusão escolar de crianças autistas ainda é um desafio em Teresina

Na prática, autistas ainda enfrentam dificuldades para ter acesso à educação regular.

18/05/2016 07:35

A Constituição Brasileira diz que é dever do Estado garantir atendimento educacional especializado a pessoas com deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) também determina a garantia desse direito. Na teoria, tudo correto, mas na prática, crianças e adolescente autistas ainda enfrentam uma série de dificuldades para ter acesso à educação regular.

A Presidente da Associação de Amigos dos Autistas (AMA), Rosália Sousa, explica que o primeiro desafio a ser enfrentado é a falta de conhecimento sobre as características do autismo. Por lei, as escolas são obrigadas a contar com professores preparados para lidar com alunos com deficiência, o que, na prática, não acontece.

“Os profissionais das escolas desconhecem as características do autismo, e acabam tendo medo. Geralmente, o professor já recebe a criança inseguro, e acaba não buscando informações para lidar com essas crianças, que tem um comportamento diferenciado”, pontua.

Na avaliação da presidente da AMA, nenhuma escola no Piauí, entre públicas e privadas, está totalmente preparada para lidar com a inclusão de crianças autistas em sala de aula. “As escolas, de modo geral, não estão preparadas. Há uma dificuldade muito grande em entender que crianças com autismo precisam de um suporte, porque, na maioria das vezes, o professor sozinho não da conta. Em algumas escolas particulares, a família acaba pagando um acompanhante para ficar na sala de aula, o que é um dever da escola”, comenta.

A parceria entre família e escola é fundamental para proporcionar uma inclusão escolar mais eficiente das crianças com autismo. Rosália Souza afirma que a AMA busca facilitar essa aproximação, com objetivo de proporcionar melhores resultados. “Procuramos acompanhar, dentro das nossas possibilidades. sempre que possível, vamos a escolas para realizar palestras, capacitações. A ideia é ofertar uma formação para os profissionais, e também para os familiares”, pontua a presidente da Associação de Amigos dos Autistas (AMA).


Por: Natanael Souza - Jornal O DIA
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