A forte chuva que caiu na região de Boqueirão nesta segunda-feira (11) fez uma vítima fatal. Um homem de 30 anos, identificado como Francisco Getúlio, morreu após sofrer uma descarga elétrica quando usava um telefone público durante a tempestade. A informação é do comandante do 15º BPM de Campo Maior, major Etevaldo.

De acordo com ele, Getúlio teria procurado abrigo debaixo do orelhão, onde usou o telefone para contatar alguém. “Foi uma infelicidade. Ele tirou o fone do gancho e colocou ao ouvido justamente quando um raio atingiu o orelhão. Como o telefone é condutor de energia, a cabine e o aparelho ficaram energizados e ele foi atingido”, explica o major.

Getúlio ainda foi socorrido por populares, mas não resistiu à descarga e acabou morrendo no local. Ele era trabalhador rural da Comunidade Rua 10, há oito quilômetros de Boqueirão.

Raios

Segundo o Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), a chance de uma pessoa ser atingida por um raio é de uma em um milhão. No entanto, a maioria dos ferimentos não ocorre devido à incidência direta, mas a efeitos indiretos associados a incidências próximas, como a queda de linhas de energia, induzidas por descargas que venham a atingir uma pessoa.

A corrente elétrica de um raio pode causar, dentre outras coisas, queimaduras graves, danos ao sistema nervoso, pulmão e coração. O INPE estima que, no Brasil, cerca de 130 pessoas morrem, por ano, atingidas por raios, e outras 500 ficam feridas.

Para se proteger de raios durante tempestades, o Instituto recomenda que a pessoa não saia na rua e permaneça em local abrigado como carros, ônibus ou outros veículos metálicos. Eles formam uma ‘gaiola de proteção’ às descargas elétricas.

Se a pessoa estiver dentro de casa, deve evitar usar telefones, ficar próximo de tomadas, canos, janelas e portas metálicas. Deve-se evitar, também, tocar em qualquer equipamento elétrico ou que esteja ligado à rede de energia.

Na rua, se possível, deve-se ficar longe de lugares que oferecem pouca ou nenhuma proteção contra raios como tendas ou barracos, veículos sem capotas, árvores, cabines telefônicas ou linhas de energia elétrica.

Por: Maria Clara Estrêla