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HGV realiza técnica avançada no tratamento de doenças do aparelho digestivo

Técnica da colangiopancreatografia retrógrada endoscópica é realizada em cinco pacientes por semana, em média.

30/06/2016 15:23

Hospital Getúlio Vargas (HGV) tem avançado na realização de procedimentos de alta complexidade, os quais "nenhum hospital público no Estado está apto a fazer", conforme anuncia a própria Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi), através de nota veiculada à imprensa. 

Um dos procedimentos é a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), que, segundo o cirurgião geral Carlos Renato, é utilizada para tratar doenças associadas ao sistema biliopancreático, tendo a vantagem de ser uma técnica menos invasiva que a cirurgia convencional. 

Segundo o cirurgião, a CPRE é uma técnica complexa, menos invasiva, e que permite, na mesma sessão, detectar e tratar doenças do canal pancreático.

Para isso, o médico recorre a diversos acessórios específicos, que passam através do duodenoscópio - aparelho destinado à visualização do interior do duodeno.

Através do procedimento é possível, por exemplo extrair cálculos, realizar dilatações com balão e colocar próteses.

De acordo com a Sesapi, a lavradora Ivani de Jesus Sousa, de 36 anos, realizou o procedimento com sucesso no HGV. Ivani conta que sofria com dores tão fortes nas costas e no estômago que não conseguia mais levantar. Ela diz que é a segunda vez que esteve internada no HGV. Mas na primeira ocasião, quando começou a sentir as dores, o procedimento não foi realizado. 

Ivani estava grávida de cinco meses e para preservar a vida do bebê e da mãe o cirurgião optou pelo tratamento com medicação. 

Ivani, que mora em Valença, a 209 quilômetros de Teresina, ainda vai passar pelo segundo procedimento para ficar curada, mas já relata menos incômodo com as dores.

O residente em cirurgia do aparelho digestivo do HGV, Vinicius Costa, que é aluno de Carlos Renato, explica que a técnica CPRE, além de ser menos invasiva, apresenta menor risco de complicação para a paciente.

“O procedimento utiliza um duodenoscópio, que é um aparelho de endoscopia de ultima geração e pinças com extratores para retirada de cálculos. O Tubo é inserido na boca do paciente e passa através da garganta para o esôfago, estômago e segunda porção do duodeno, local onde se visualiza a papila duodenal, onde são drenadas as secreções”, explica Costa. 

O cirurgião Carlos Renato destaca que a obstrução desses canais provoca dores insuportáveis no paciente, sendo necessário realizar o tratamento adequado de forma ágil, caso contrário pode resultar em óbito. 

“Optamos por uma técnica menos invasiva que permitiu a recuperação da paciente de forma mais rápida, com menos complicações. No HGV isso é possível porque possui equipamentos modernos para isso”, explica o cirurgião.

Segundo o médico, a demanda para realização do procedimento tem sido grande chegando, com uma média de cinco pacientes atendidos por semana.

Fonte: HGV
Por: Cícero Portela
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