Há pouco mais de um século, era impossível imaginar que duas pessoas pudessem se comunicar oralmente sem dividir o mesmo espaço. Escutar a voz de alguém era exclusividade de quem estivesse próximo. Sem o equipamento necessário, neste caso, as distâncias geográficas também representavam distâncias comunicacionais. Mas esse cenário limitado foi superado há 139 anos, quando o professor escocês Alexander Graham Bell conseguiu emitir um som pelo aparelho que, mais tarde, seria conhecido como telefone. O invento revolucionou a história da humanidade, permitindo levar a voz humana a uma distância infinitamente maior do que jamais havia se imaginado. Atualmente, os aparelhos telefônicos são um dos principais acessórios da vida moderna.
Foto: Elias Fontenele/ODIA
Para o surgimento do
telefone, o seu antecessor, o
telégrafo, foi de fundamental
importância. Sem recursos
sonoros avançados, o aparelho
era formado por um objeto
que emitia sinais e outro que
recebia, através de uma única
tecla que, quando pressionada,
permitia a emissão deste sinal
marcado por papel, emissão
sonora simples ou luminosa.
Graham Bell se inspirou nesse
sistema para criar o aparelho
capaz de transmitir informações
exclusivamente sonoras.
A história do telefone também é marcada pela polêmica do seu verdadeiro criador. Apesar de Graham Bell ser considerado o real inventor, há uma disputa entre o cientista escocês e o italiano Antonio Meucci, inventor nascido na cidade de Florença e que muitos apontam como o verdadeiro criador do objeto. Mas foi Graham Bell quem patenteou o invento em 1876, tornando o dia 10 de março data em que é comemorado o Dia do Telefone.
À época, a criação do aparelho não podia ser mensurada com a grandiosidade dos benefícios que o objeto traria para a sociedade atual, influenciando não só a comunicação, como variados setores da sociedade. No início do século XX, a maioria da população ainda não tinha uma clara noção do que mudaria na sociedade após esta invenção. Para chegar ao estágio atual, houve grande evolução e adaptação do invento.
O primeiro telefone era um aparelho rústico, que não permitia falar e escutar uma informação simultaneamente. Foi o cientista Thomas Alva Edison, o responsável por produzir o telefone capaz de falar e ouvir. Paulatinamente, o seu uso foi ganhando o mundo. Um ano após a Exposição do Centenário dos Estados Unidos, o primeiro telefone chegou ao Brasil em 1877.
No Piauí, o primeiro aparelho demorou décadas para ser instalado após sua invenção. Os primeiros piauienses só puderam ter acesso ao telefone no início do século XX, precisamente em 13 de junho de 1907. Teresina foi a cidade escolhida, que recebeu apenas 18 linhas que interligava aparelhos em diferentes pontos da cidade.
Na Casa de Odilon Nunes, o Museu do Piauí, é possível ter acesso a um dos primeiros aparelhos que chegaram ao Estado, da marca Siemens e Halske, uma das primeiras no mundo a produzir o aparelho em larga escala. Na sala das comunicações, dois modelos diferentes do objeto, um de mesa e outro de parede, podem ser conferidos pelos visitantes.
Ter acesso aos objetos é ver de perto como o aparelho simples contribuiu para uma verdadeira revolução na comunicação mundial. Atualmente, modelos com tecnologia avançada levaram o invento a outro patamar. O telefone não é apenas mais um facilitador de comunicação oral, mas um aparelho múltiplo que permite a troca de informações visuais e dados instantâneos.
A matéria completa você encontra na edição de hoje (29) do Jornal O DIA.
Por: Glenda Uchôa