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Grito da Terra reúne cerca de 3 mil trabalhadores rurais em Teresina

Eles fizeram protesto pela avenidas da capital cobrando politicas públicas para a categoria

23/08/2016 12:01

A manhã desta terça-feira (23) foi marcada por mais uma edição do Grito da Terra Piauí. De acordo com a organização, cerca de 3 mil trabalhadores e trabalhadoras rurais de várias regiões do estado caminharam em protesto pelas avenidas do Centro da capital, para cobrar políticas públicas para o campo, e a manutenção de conquistas sociais. A concentração teve início logo nas primeiras horas da manhã, em frente à Assembleia Legislativa. Após a fala das lideranças sindicais, os agricultores seguiram pela Avenida Frei Serafim em direção à Praça Pedro II, onde aconteceu o encerramento do ato.

Fotos: Assis Fernandes/ODIA

Com o Tema “Democracia Sim, Retrocesso Não!”, a 21º edição do Grito da Terra reuniu representantes de todos os 224 municípios do estado do Piauí. Entre as pautas de reivindicação, ações de reforma agrária, assistência técnica para o trabalhador rural, e a manutenção das ações desenvolvidas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, incorporado pelo governo do presidente interino Michel Temer, ao Ministério da Agricultura.

A vice-presidente da Federação dos Trabalhadores em Agricultura do Piauí (Fetag-PI), Lucilene Ferreira, pontuou que, nos dias que antecederam o ato, os movimentos sindicais apresentaram as pautas de reivindicação ao governo do estado, e a representantes de órgãos como Incra e Inss. O objetivo é alcançar respostas satisfatórias para as pautas do movimento.

“Nós precisamos de uma saúde de qualidade, precisamos de uma educação de qualidade. Por isso, estamos cobrando fortemente políticas públicas para os trabalhadores rurais. Mobilizamos os sindicatos de todo o estado, porque nesse momento, temos que estar unidos”, explicou a vice-presidente da Fetag.

Outro ponto levantado durante o 21º Grito da Terra foi a reforma da previdência, proposta pelo governo interino, que pode aumentar a idade mínima para a aposentadoria dos trabalhadores. “Isso é um crime, e não pode acontecer. Vamos para rua, reivindicar até o último momento, porque, hoje, a renda que circula nos municípios vem da aposentadoria rural. Não podemos deixar que o governo prejudique os agricultores”, comentou Lucilene.

O Grito da Terra Piauí também contou com a presença de representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Agricultura(Contag). Mazé Morais, Secretária Nacional de Juventude da Contag, destacou a importância da união entre os trabalhadores rurais, na busca pela manutenção e conquista de direitos sociais.

“A nossa luta é contra qualquer retrocesso nas políticas públicas e nos programas sociais que vem para os trabalhadores e trabalhadoras rurais do estado do Piauí. Queremos uma agricultura familiar fortalecida, queremos garantias para que a juventude possa permanecer no campo, com qualidade de vida, renda, educação, esporte, cultura”, destacou a representante da Contag. 

Por: Natanael Souza - Jornal O DIA
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