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Greve dos ônibus em Teresina: SETUT vai entrar na justiça contra a paralisação

Sindicato diz que foi pego de surpresa com o movimento paredista. Trabalhadores rebatem e dizem que todos os órgãos competentes foram devidamente informados.

13/10/2020 11:06

O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (SETUT) informou que vai acionar a justiça contra a greve dos motoristas e cobradores de ônibus que iniciou hoje (13) em Teresina. A entidade disse que foi pega de surpresa com o anúncio da paralisação e que vem cumprindo com os pagamentos da folha aos seus colaboradores.

“Reforçamos que não houve comunicação formal do SINTETRO, conforme previsão legal, para o SETUT e STRANS”, é o que diz a nota do SETUT. O Sindicato denunciou que os veículos estão sendo impedidos de saírem das garagens e que isso infringe a norma judicial que determina que 70% da frota circule em horário de pico e que 30% circule nos demais horários do dia.


Foto: Assis Fernandes/O Dia

Paralisados desde o início da manhã e por tempo indeterminado, os trabalhadores exigem das empresas o cumprimento da Medida Provisória 936, o pagamento dos benefícios como tíquete alimentação e plano de saúde, a higienização dos ônibus e o fornecimento de equipamentos individuais de proteção como máscaras e álcool em gel. 

O SETUT alega, no entanto, que desde janeiro de 2020, as empresas estão desobrigadas a pagar os benefícios porque eles não entraram na negociação coletiva para este ano. Quanto aos EPI’s, o sindicato afirma que os trabalhadores têm recebidos todos os equipamentos de proteção contra a covid-19 conforma prevê o Plano de Segurança do Transporte Público.

SINTETRO diz que protocolou ofícios nos órgãos competentes

A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Público de Teresina (SINTETRO) rebateu as alegações do SETUT de que a greve teria sido iniciada sem uma comunicação formal aos órgãos competentes. O diretor de comunicação da entidade, Miguel Arcanjo, diz que a categoria protocolou ofício na STRANS na última sexta-feira (09) informando do movimento paredista e que o SETUT só não foi oficialmente notificado, porque se recusou a receber os trabalhadores.

“Obedecemos a todos os prazos de publicação do edital, de convocação para assembleia, de realização da assembleia. A STRANS foi comunicada, o MPT também e o SETUT se recusou a nos receber, então não foram oficialmente informados. Mas a greve foi noticiada em todos os meios de comunicação, então não tem como dizerem que foram pegos de surpresa”, rebateu Miguel.


Miguel Arcanjo, diretor de comunicação do SINTETRO/Foto: Lalesca Setúbal

O movimento, diz ele, seguirá por tempo indeterminado enquanto empresários, prefeitura e trabalhadores não entrarem em um acordo. 

Por: Maria Clara Estrêla, com informações de Lalesca Setúbal
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