O período de chuvas influencia bastante na produção
frutas, verduras, legumes e
hortaliças. Em Teresina, esse
período está chegando ao fim
e isso reflete em um reajuste
no preço dos produtos comercializados na Central de Abastecimento do Piauí (Ceapi).
Enquanto alguns alimentos
baixam de preço, outros aumentam.
Produtos como abóbora,
milho e feijão verde são os que
mais elevam o valor no verão.
O permissionário Erisvaldo
Silva explica que, com o fim
das chuvas, a safra reduz e,
consequentemente, o preço
aumenta. “O inverno é bom,
baixa o preço, porque tem
muito produto sendo produzido. Mas com o verão, o preço
sobe. Primeiro, porque sem
chuva, a safra diminui. Depois
porque, com isso, a gente tem
que exportar de outros Estados, que ficam mais longe e aí
pagamos impostos e deslocamento”, explica.
Antônio Matos diz que o preço do milho costuma dobrar no verão (Foto: Assis Fernandes/ O Dia)
Erisvaldo comenta que o
preço varia muito dentro de
um mesmo período. Atualmente, ele vende 1kg de abóbora por R$ 1, mesmo valor
em épocas de chuva. Segundo
o permissionário, o preço vai
subir principalmente a partir de agosto, quando a seca é
maior.
O vendedor de milho, Antônio Matos, confirma que o
preço do milho também aumenta no período quente. Segundo ele, as vendas chegam a
ter um aumento de 80% no inverno, por conta do preço que
é menor nesse período.
“No verão, o milho, que custava no inverno R$ 0,25, chega
a custar R$ 0,50. Da mesma
forma acontece com a venda.
Com as chuvas, a venda fica
lá em cima por causa do clima
frio, que é o período onde as
pessoas mais procuram milho
e por conta do preço, que é
mais barato”, esclarece.
Hortaliças
O permissionário Antônio
Carlos, por sua vez, afirma que
com as hortaliças é diferente.
O fim do período chuvoso não
afeta a produção de forma negativa, pelo contrário, traz melhorias. “Não afeta, pois a gente tem água para aguar, o que
fica até melhor. Com a chuva,
as hortaliças estragavam mais
rápido, elas amadureciam rápido demais e chegavam a ficar queimadas nas pontas em
pouco tempo. No verão, nós
mesmos controlamos a quantidade de água que elas vão
receber”, explica.
Antônio comenta que o reajuste no preço também é diferente. Ao invés de aumentar,
no verão, ele fica mais barato.
O cheiro-verde, que chegou a
custar mais de R$ 1 no inverno, cai para R$ 0,80 no verão,
o que significa uma queda de
20% no preço.
Edição: Virgiane PassosPor: Karoll Oliveira