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Feirantes de livros usados esperam aumento das vendas este mês

Com a chegada do mês de janeiro, a demanda por livros aumenta o que exige um maior número de pessoas atuando na comercialização dos livros.

05/01/2017 08:13

Os comerciantes que atuam na Feira dos Livros Usados, na Praça do Fripisa, Centro de Teresina, esperam um aumento na movimentação de pais e estudantes no local, nas próximas semanas. Com o início do mês de janeiro, muitas pessoas já começam a definir em qual escola matricular os filhos, além de dar início à compra dos itens da lista de material escolar. 

Janeiro é a época de maior movimento na Feira da Praça do Fripisa (Foto: Moura Alves/ O Dia)

Para a presidente da Associação dos Vendedores de Livros Usados do Piauí (AVLUP), Amparo Pilar, a situação econômica vivenciada pelos brasileiros vai fazer com que os pais optem pela compra de livros usados, na tentativa de economizar. “A gente espera um público maior do que nos anos passados por conta da crise. Quando há uma crise, as pessoas buscam por economia e aqui os pais conseguem economizar até 70% do valor, se comparado ao preço dos livros novos”, pontua. 
Os 118 estandes localizados na Praça do Fripisa começaram a funcionar no dia 27 de novembro, mas até o momento a movimentação de clientes ainda é considerada baixa por quem trabalha no local. Com a chegada do mês de janeiro, a demanda por livros aumenta o que exige um maior número de pessoas atuando na comercialização dos livros. 
“Os pais, geralmente, deixam pra vir comprar [os livros] depois que começa o mês de janeiro. O movimento fica bem maior; por isso, a gente até reforça o número de pessoas trabalhando nos estandes, para atender melhor a clientela”, destaca Maria do Carmo Gomes, que atua há 17 anos na Feira dos Livros Usados do Centro de Teresina. 
Apesar do movimento ainda baixo, na Feira já é possível encontrar pessoas realizando a tradicional pesquisa de preços dos livros solicitados na lista de material escolar. A dona de casa Claudia Ferreira é mãe de dois filhos que cursam o Ensino Fundamental em uma escola no Centro de Teresina e pretende utilizar os livros do último ano letivo como moeda de troca na hora de adquirir os novos. 
“Todos os anos, eu trago os livros dos meus filhos para vender ou trocar pelos livros da nova série. É uma forma de economizar, já que o dinheiro que ganho na venda já serve para comprar os novos livros. Do jeito que as coisas estão, não dá mais para comprar tudo na livraria, fica muito caro”, destaca a dona de casa. 
Atravessadores dificultam comércio de livros usados 
Apesar da expectativa de boas vendas no mês de janeiro, os comerciantes que atuam na Feira dos Livros Usados também temem o aumento dos prejuízos causados pela ação dos atravessadores, que abordam os pais e comercializam os livros de forma clandestina. Nos arredores da Praça do Fripisa, é comum ver pessoas com placas de compra e venda de livros, mas que não fazem parte dos associados que têm permissão legal para exercer a atividade. 

(Foto: Moura Alves/ O Dia)

“Existe uma feira paralela à nossa, aqui nos arredores da Praça. Esses atravessadores nos prejudicam muito, no sentido de vendas. Quando eles abordam o cliente, compram os livros com o preço mais barato e vendem pra gente por um preço mais caro, ou seja, é prejuízo tanto para os pais quanto para os associados”, destaca Amparo Pilar. 
Para coibir a ação dos atravessadores, a Associação chegou a contratar uma equipe de segurança nos anos anteriores, o que não foi realizado este ano por falta de recursos. Este ano, os feirantes cobram apoio do poder público para inibir os atravessadores. “Já procuramos a Secretaria de Segurança, Polícia Militar, pedindo que eles viessem inibir [a ação dos atravessadores], até pela questão da nossa segurança. Esse trabalho que eles [atravessadores] fazem é ilegal”, destaca a presidente da Associação. 
A orientação para os pais é de não manter contato com os atravessadores, para evitar prejuízos financeiros na comercialização dos livros, seja nas compras ou vendas. “O certo é o cliente entrar na feira e não deixar ser abordado do lado de fora. Os pais não devem fazer negócio nos arredores, mas sim dentro da feira, porque terão a garantia maior”, explica.
Edição: Virgiane Passos
Por: Natanael Sousa
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