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Estudantes e professores passam mal em salas de aula sem ventiladores

A escola, que deveria funcionar em tempo integral, está ofertando disciplinas somente até às 11h30, devido ao intenso calor nas salas.

27/05/2015 07:16

Os alunos da Unidade Escolar Pequena Rubim, no bairro Alto Alegre, zona Norte de Teresina, estão passando por um verdadeiro sufoco na hora de assistir aula. A escola, que deveria funcionar em tempo integral, está ofertando disciplinas até às 11h30, devido ao intenso calor nas salas de aulas e à escuridão. Os ventiladores foram desinstalados e as lâmpadas retiradas para que fosse colocado teto de gesso e instalado aparelhos de ar-condicionado; entretanto, mais de três meses depois, a obra nunca foi finalizada.

Francisco Neto, de 12 anos, afirma que é muito difícil estudar em uma sala que não tem ventilação e iluminação, além das janelas não impedirem a entrada da luz solar, que atinge os alunos e chega a queimar a pele. “A gente não consegue ver o caderno direito, porque tem pouca luz e o sol bate na gente e fica ardendo o rosto. O sol também bate nas provas e é difícil estudar. Eu já cheguei a passar mal de tanto calor e fiquei com falta de ar, aí eu tive que ir para casa e não vim no dia seguinte”, fala. Para o menino, esses problemas impedem a concentração e reduzem o aprendizado.

Foto: Marcela Pachêco/O Dia


Os alunos relatam que usam os cadernos para se abanar e amenizar o calor. Claridade da luz solar também incomoda

Maria Fernanda, de 12 anos, também se sente incomodada com a falta de estrutura da escola. Segundo ela, o sol e o calor tiram a atenção do estudo. “A gente usa nosso caderno para se abanar, e aí a gente se desconcentra”, disse, acrescentando que o pior horário é 11h30, quando o calor é muito intenso e é quase impossível se concentrar.

A diretora da Unidade, Francisca Viana, conta que a escola está passando por um processo de climatização e reforma, mas as obras, que iniciaram em dezembro de 2014, nunca foram finalizadas. Segundo ela, alguns itens foram incluídos na reforma, como a construção de um banheiro para deficientes, rampas de acessibilidades e portas mais largas, e isso atrasou ainda mais a obra.

“Nós já comunicamos a Seduc [Secretaria Estadual de Educação]. A engenharia veio aqui olhar a situação, mas eles alegam que falta o recurso ser liberado para a construtora. Na semana passada, me informaram que o recurso já tinha sido liberado e que, assim que possível, retomariam a obra, mas nem contato com a engenharia eu consigo mais”, disse.

Por: Isabela Lopes - Jornal O Dia
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