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Estados terão que retomar discussão do déficit público após pandemia

Nós teremos uma conta para pagar, a União, a sociedade como um todo, porque de fato o endividamento vai aumentar", diz Fonteles.

07/05/2020 08:11

A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) acirrou ainda mais a crise fiscal e o endividamento pelo qual os estados brasileiros já passaram há algum tempo. Para Rafael Fonteles, secretário de Fazenda do Piauí (Sefaz-PI), essa será uma discussão que precisa ser retomada após a atual situação de calamidade pública.

“Acho que depois da normalidade, depois que passar o pico dessa pandemia, nós teremos uma conta para pagar, a União, a sociedade como um todo, porque de fato o endividamento vai aumentar”, disse Fonteles em entrevista concedida uma rádio paulista, que lembrou o aumento de despesas para o combate à doença.


Secretário avalia o cenário financeiro do pós-pandemia - Foto: Assis Fernandes/O Dia

Questionado sobre quais medidas podem ser adotadas para complementação das contas públicas estaduais, o gestor piauiense, que também preside o Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Consefaz) citou a possibilidade de novas operações de crédito com aval da União. 

“Vai se voltar a discussão de como equacionar o déficit público e, certamente, o Plano Mansueto original será um desses instrumentos. Claro que vai haver uma outra discussão sobre a reforma, sobre as ações necessárias. Então acredito sim que essa pauta irá vir, realmente será um tema importante”, argumentou o secretário.

Por conta deste atual cenário, a Câmara Federal e o Senado aprovaram um pacote de socorro aos estados, que deve destinar R$ 60 bilhões em recursos e outros R$ 60 bilhões em renegociação de dívidas. Embora considere insuficiente, Fonteles afirmou ser importante para amenizar os efeitos da crise e evitar colapso dos serviços públicos estaduais.

Por: Breno Cavalcante, do Jornal O Dia
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