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Escola está sem ventilador e nos bebedouros a água é quente

As salas são todas forradas, deixando o ambiente ainda mais quente.

04/09/2015 07:30

 A estrutura da Unidade Escolar Professor Tomaz Arêa Leão Filho, localizada no bairro Ilhotas, está precária há cerca de oito meses. Faltam ventiladores, bebedouros, as paredes estão tomadas por cupins e infiltrações. No B-R-O-Bró, os alunos improvisam abanos de papelão para enfrentar o calor e continuar assistindo suas aulas. 

Segundo a diretora da escola, Maria de Lurdes Silva, os ventiladores foram roubados em dezembro do ano passado. “Em janeiro, eu fiz a solicitação para que, quando as aulas começassem em março, o problema já estivesse solucionado. Mas até agora, setembro, ainda não fomos atendidos”, revela. As cinco salas de aula deveriam contar com quatro ventiladores cada, mas apenas uma das salas tem dois ventiladores funcionando. 

A escola, que funciona nos três turnos, tem 250 alunos matriculados. Segundo Maria de Lurdes, os estudantes que mais sofrem são os do turno da noite. “Durante todo o dia, o sol fica batendo nestas paredes e, à noite, é abafada e todo o vapor da parede faz com que as salas fiquem muito quentes. Por isso, eles ficam reclamando, irritados, andando pelos corredores”, relata. 

Foto: Elias Fontenele/ ODIA

As salas são todas forradas, deixando o ambiente ainda mais quente. “Nós recebemos um dinheiro e fizemos o forro achando que as centrais de ar condicionado iriam chegar. Só que, na verdade, o maior empecilho da Seduc é o gerador, que não suporta a carga; então, eles precisam colocar um transformador que é caro”, afirma a diretora. Segundo Maria de Lurdes, as solicitações já foram feitas diversas vezes e a resposta é sempre “aguarde”. 

As paredes da unidade também estão com infiltrações e cupins. A quadra, recebida em 2010, também já possui problemas estruturais, uma infiltração tem deixado a diretora preocupada. “Essa calçada da quadra está rachada e corre o risco de cair. Desde a época que fizeram a quadra, já deixaram assim”, afirma. 

Todavia, as aulas não chegaram a ser suspensas devido ao problema. A aluna Victória Carvalho estuda no turno da manhã e conta sobre o cotidiano na escola. “Trazemos garrafinhas com água e até alguns professores também fazem o mesmo. Ficamos com as portas e janelas abertas, mas é muito difícil enfrentar esse calor. Mas, mesmo assim, não podemos deixar de vir para a escola porque, caso contrário, quem sai prejudicado, mais uma vez, somos nós”, declara a aluna. 

O professor Mariano Cardoso diz que adota estratégias para manter a atenção dos alunos, principalmente nos horários em que as temperaturas ficam mais altas. “Eu passo atividades que exigem concentração, para que eles não fiquem tão dispersos”, afirma. 

Por sua vez, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) recebeu somente nessa quinta-feira (3) o ofício da direção da Unidade Escolar Tomaz Area Leão Filho solicitando os bebedouros, armários e ventiladores. A equipe técnica já visitou a escola para a averiguar a situação dos equipamentos na mesma. A Seduc informa ainda que encaminhou os equipamentos solicitados para serem instalados na escola ainda nesta quinta-feira (3).

Por: Ana Paula Diniz- Jornal O Dia
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