Quem tem ido à Central
de Abastecimento do Piauí
(Ceapi), que funciona na
zona Sul de Teresina, tem
percebido a elevação dos
preços de algumas frutas,
verduras e legumes que
dependem das chuvas para
a produção em larga escala.
No Piauí, o período chuvoso
compreende os meses
de dezembro até maio. No
entanto, o Nordeste vive
um período de estiagem,
sem sinais de precipitações.
O permissionário Erisvaldo
Barbosa comenta
que o período da estiagem
começou cedo e deve terminar
tarde. “A água faz
falta. Apesar de muitas
plantações serem cultivadas
pela irrigação, os
recursos podem ser armazenados
através das precipitações
e, além disso,
ajudam na recarga de
muitos aquíferos subterrâneos”,
elucida.
Erisvaldo ainda explica
que a falta de chuva eleva o
preço para o consumidor. “A
batata doce e a macaxeira,
por exemplo, estão por R$
2,50 o quilo cada. Abóbora,
melancia, manga e chuchu,
muitos são os [produtos]
que estão com essa elevação
de preço”, enumera.
Francisco Gomes
também trabalha na
Ceapi e confirma que a
maioria dos produtos
está em alta e prejudica
as vendas. “A baixa produção
traz menor oferta e,
consequentemente, maior
preço. Por conta do calor,
algumas frutas suculentas,
como a melancia,
estão em alta, mesmo
com o custo elevado.
De restante, não temos
boas expectativas. Ainda
estamos com dificuldade
na conservação por causa
das altas temperaturas.
As perdas aumentaram
de 5% para 20%”, reitera.
Já Raimunda Oliveira
conta que os seus produtos
estão mais acessíveis.
“Não tenho muita variedade
para oferecer aqui
no meu espaço. A cebola
e o tomate são inimigos
da chuva, pois apodrecem
mais rapidamente. Esses
estão bem baratos, estou
vendendo 25 quilos de
cebola por R$ 30. Quando
começar o período chuvoso,
esse preço sobe para
R$ 70”, expõe.
Foto: Assis Fernandes/ODIA
Por: Pedro Vitor Melo - Jornal O DIA