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Enfermeiros invadem conferência e prefeito precisa ser retirado

A categoria em greve há três dias busca reparação de salários e melhores condições de trabalho.

18/06/2015 10:02

Na manhã desta quinta-feira (18), estava sendo realizada a 8ª Conferência Municipal de Saúde. Durante o evento, a categoria de enfermeiros em greve há três dias, invadiu o local onde ocorriam as palestras e solenidades reivindicando das autoridades municipais presentes o enquadramento do plano de carreira, a gratificação, o aumento linear, que é a reposição da inflação, além da criação de uma cartilha sobre assédio moral e de melhores condições de trabalho.

O prefeito Firmino Filho participava da abertura da Conferência, quando teve que ser retirado sob escolta do local, devido aos ânimos alterados dos manifestantes. Gritos e palavras de ordem aos secretários municipais e ao prefeito eram ditas por toda a categoria. 

Fotos: Elias Fontenele/ ODIA

"Estamos em greve porque o prefeito excluiu a gente do reajuste salarial há dois anos. Além disso, estamos pedindo reajuste do plantão extra e enquadramento do plano de carreira. Desde terça-feira estão em greve e permanecerão por tempo indeterminado", disse João Sérgio, presidente do Sindicato dos Enfermeiros. Mais de dois mil trabalhadores compõe e categoria dos enfermeiros sendo que, pelo menos, metade dos profissionais estão com as atividades paralisadas.

Segundo os enfermeiros, eles não vão se retirar até resolverem a situação. " 60% dos profissionais da saúde são enfermeiros, nós exigimos reparação. Até o momento nenhuma proposta nos foi enviada para análise. A greve continua", diz Francisco Alex, diretor de comunicação do Sindicato dos Enfermeiros. 

Várias palavras agressivas estavam sendo proferidas ao Firmino Filho, quando propuseram que ele saísse para que conflitos maiores não fossem gerados. Os manifestantes foram atrás e se alojaram no espaço da Conferência. O evento foi suspenso devido a invasão da classe. 


Médicos do Estado aceitam proposta e encerram paralisação

Após três dias em paralisação, os médicos do estado do Piauí aceitaram a proposta de pagamento da progressão que será realizada em duas etapas, 50% no mês de dezembro e 50% em março de 2016. Também ficou acordado o aumento salarial que será feito em três etapas (2016/2017 e 2018) tendo como data base o mês de maio. A decisão foi tomada em uma assembleia realizada na noite de ontem (17). 

A partir desta quinta (18) a paralisação dos médicos está suspensa, voltando o atendimento normal nos hospitais de Teresina e dos municípios.




Edição: Nayara Felizardo
Por: Paloma Vieira, com informações de Isabela Lopes
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