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Enfermeiros do Estado protestam em frente ao Karnak e anunciam greve

Categoria pede pagamento do reajuste dos plantões extra e cumprimento do enquadramento profissional.

24/07/2015 10:45

Reunidos em frente ao Karnak numa manifestação por reajustes salariais, os trabalhadores da enfermagem do Piauí anunciaram que vão iniciar hoje (24) uma greve por tempo indeterminado em todo o Estado. A principal reivindicação é o reajuste do valor pago pelo plantão extra de R$ 55,00 para R$ 117,00 para os técnicos; e de R$ 170,00 para R$ 225,00 para os enfermeiros.

Em junho passado, a categoria paralisou as atividades por três dias pedindo ao Governo o cumprimento do reajuste previsto em lei. “Pelo acordo, o Estado deveria pagar em julho o reajuste dos plantões extras, mas o mês está acabando e isso não aconteceu. Desde o começo da semana que a gente vem sinalizando uma greve e como ninguém do Estado se manifestou, nós resolvemos decidimos parar por tempo indeterminado”, diz João Sérgio Moura, presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Piauí (Sinatepi).

Ele afirma ainda que os enfermeiros estão há sete meses sem receber o pagamento pelo plantão extra noturno e que a gratificação de insalubridade da categoria foi reduzida de 20% para 10% sem nenhum explicação plausível. Além disso, o Sindicato denuncia que o Governo não está pagando o enquadramento profissional que prevê reajuste de 3% a cada dois anos.


João Sérgio Moura, presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Piauí

A greve dos enfermeiros irá afetar o funcionamento da Maternidade Dona Evangelina Rosa, Hospital Getúlio Vargas, Hospital do Mocambinho, Instituto Natan Portella, além de hospitais regionais, como o Hospital Dirceu Arcoverde, em Parnaíba, e nos municípios de Floriano, Piripiri, Picos, Bom Jesus, Oeiras, entre outros.

Atualmente, o Piauí possui sete mil profissionais de saúde, sendo 3.800 concursados e 3.200 prestadores de serviços. Por conta do reduzido número de concursados, o Sindicato diz que a adesão no movimento é de apenas 40% até o momento, mas que a categoria espera chegar aos 70% com o passar dos dias. Sobre a situação da saúde na Capital, a categoria denuncia que, apenas o HGV possui déficit de 180 enfermeiros em seu quadro e que a tendência é essa situação se agravar ainda mais.

Na última reunião realizada com a classe, a Secretaria de Fazenda do Estado informou que é preciso que os enfermeiros entendam que o Governo não tem condições de pagar os reajustes propostos no momento e que isso só poderá ser feito em janeiro do ano que vem.

Por: Maria Clara Estrêla com informações de Robert Pedrosa e Isabela Lopes
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