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Em greve há 49 dias, servidores do MPU revindicam por medidas administrativas

Reajuste salarial não foi incluso no Orçamento Anual de 2015.

25/03/2015 12:18

Os servidores do Ministério Público da União (MPU) estão em greve há 49 dias. Eles solicitam o reajuste salarial, que não é modificado há nove anos, e uma série de medidas administrativas que não causariam impacto orçamentário nas contas da União, que são, entre outras, a diminuição da carga horária e a participação em decisões tomadas acerca do plano de saúde da categoria.


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O reajuste salarial da categoria não foi incluso no Orçamento Anual de 2015. Para o representante do Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério Público da União (Sinasempu), Daniel Teixeira, isso representa o descaso com os servidores. “Querem desestruturar a categoria e acabar com a greve sem conceber nada, apenas pelo cansaço. Mas isso não vai acontecer porque estamos buscando, principalmente, a nossa valorização”, declara.

Fotos: Assis Fernandes/ ODIA

O servidor Gustavo Sousa explica a questão do plano de saúde. Segundo ele, o valor pago pelo plano é cobrado proporcionalmente ao salário do funcionário, mas essa medida não é seguida pelos procuradores. “O procurador paga um valor que é proporcional à carreira que está logo abaixo da sua, ou seja, é uma medida que visa o benefício único dos procuradores. Se o custeio do plano fosse distribuído de maneira mais justa, nós poderíamos pagar um valor bem menor”, conta. Gustavo completa dizendo que, além de pagar mensalmente pelo plano, o servidor ainda é obrigado a pagar uma porcentagem do tratamento médico que ele faz.


Servidores (da esq. para dir.) Daniel Teixeira, Aldo Costa e Gustavo Sousa pedem pela valorização da categoria.

Em Teresina, cerca de 150 servidores do MPU aderiram á greve, que é de caráter nacional, e apenas 30% das atividades estão sendo realizadas, que são o recebimento de processo e denúncias.

Os servidores garantem que suas atividades só voltarão à normalidade após conseguirem as revindicações. "Nós queremos voltar a trabalhar, mas também queremos ser valorizados. Agora, é uma questão de honra voltar às atividades apenas depois de conseguir medidas concretas pela melhoria de nossa categoria", finaliza Daniel Teixeira.

Edição: Nayara Felizardo
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