O ato de doar sangue, além de solidário e social, faz bem ao sistema cardiovascular. Segundo o estudo da Clínica Universitária de Innsbruck, na �ustria à Sociedade dos Médicos de Viena, o metabolismo do elemento ferro no sangue explica a teoria de benefício cardiovascular. Comemorado hoje, dia 25, o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue atua como ferramenta de conscientização quanto à importância dessa prática.
O médico cardiologista Victor Lira (CRM-PI 4447), que atua na Clínica Cardiovida e possui Especialização em Cardiologia pela Beneficência Portuguesa, explica que as células vermelhas do sangue têm um ciclo de vida de 120 dias, sendo naturalmente repostas pelo organismo. �€œA composição das novas células faz uso do ferro. A doação de sangue faz com que o organismo produza mais células jovens para repor as células que foram doadas e com isso diminui as reservas de ferro e a oxidação dos lipídios, que faz parte da doença aterosclerótica e consequentemente reduz o risco de entupimento das artérias do coração e do cérebro�€, pontua.
A pesquisa da Clínica Universitária de Innsbruck foi realizada com mais de mil homens e mulheres entre 40 e 79 anos, e revelou a existência de uma relação entre as altas reservas de ferro no sangue e as primeiras etapas da arteriosclerose, já que este metal acelera a oxidação dos lipídeos (gorduras). Os pesquisadores consideram a probabilidade de que o efeito negativo do ferro seja potencializado quando há altas concentrações de colesterol no sangue do homem. No caso das mulheres, este risco é reduzido naturalmente durante o período do ciclo menstrual, onde é eliminado o excedente de ferro acumulado no sangue.
A oportunidade de uma avaliação do risco cardiovascular de um indivíduo que doa sangue também é apontada em pesquisas como fator de importância na descoberta de doenças cardiovasculares. O sangue doado passa por vários testes antes de ser utilizado. Entre os testes realizados estão: SIDA (Síndrome da Imonudeficiciência Adquirida), Sífilis, Hepatite B, Hepatite C e Doença de Chagas. Outros testes também são efetuados para saber o tipo sanguíneo, e certas anormalidades dos glóbulos vermelhos e de algumas proteínas do sangue.
Fonte: AsCom