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Distribuição de gás de cozinha está deficitária no Piauí

Botijões vendidos em Teresina vêm da cidade de São Luís.

28/07/2016 07:41

Quem precisa comprar gás de cozinha está tendo dificuldades para encontrar o produto. Segundo trabalhadores de um depósito autorizado, a situação está ocorrendo porque seis plataformas foram fechadas e a quantidade do produto não está sendo suficiente para abastecer as capitais.

Foto: Andrê Nascimento/ODIA

Um funcionário de um depósito, que preferiu não se identificar, conta que o gás de cozinha que é comercializado em Teresina vem de São Luís (MA) e é distribuído também para os outros estados. Com esse déficit, as carretas diminuíram a quantidade de produtos entregues nos depósitos. “Se antes chegava dez carretas por dia aqui no Piauí, agora só está chegando duas por dia, o que não é suficiente para atender a demanda do Estado”, disse.

O funcionário destaca ainda que o posto em que trabalha está com o estoque praticamente zerado e que, se não chegar novos botijões, o proprietário terá prejuízos sem as vendas. “A distribuidora tinha muitos botijões em estoque e, por conta disso, não está deixando de vender aos clientes. Porém, até a manhã desta quarta-feira, havia apenas duas unidades disponíveis. Ligaram informando que uma carreta estava chegando em Caxias (MA), mas se não chegar até o final do dia, a previsão é de que fique sem o produto”, lamenta.

Sem ter botijões para entregar, os funcionários estão de braços cruzados, na expectativa de que a situação normalize, vez que a venda diária é intensa e, sem o produto, o depósito está deixando de ter lucros.

Com o estoque baixo, quem sofre é o pequeno comerciante, que não consegue adquirir o produto de depósitos autorizados e revender para o consumidor. Isto porque os distribuidores estão dando preferência aos clientes que se dirigem até o depósito para fazer a compra ou entram em contato via telefone.

Apesar da falta do gás de cozinha, ainda não está sendo cogitada o reajuste do preço do botijão, que pode ser comprado, em média, por R$ 60 nos depósitos autorizados.

Contraponto

Contudo, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível informou que estão sendo descarregadas cerca de 5 mil toneladas de GLP no Porto do Itaqui em São Luis/MA. Parte desta carga está sendo envasada em botijões em São Luis, com envio diário para Teresina/PI. Assim, não há expectativas de restrição de abastecimento no Piauí.


Por: Isabela Lopes - Jornal O DIA
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