Quem precisa comprar gás de
cozinha está tendo dificuldades
para encontrar o produto. Segundo
trabalhadores de um depósito autorizado, a situação está ocorrendo
porque seis plataformas foram fechadas e a quantidade do produto
não está sendo suficiente para abastecer as capitais.
Foto: Andrê Nascimento/ODIA
Um funcionário de um depósito, que preferiu não se identificar,
conta que o gás de cozinha que é
comercializado em Teresina vem
de São Luís (MA) e é distribuído
também para os outros estados.
Com esse déficit, as carretas diminuíram a quantidade de produtos
entregues nos depósitos. “Se antes
chegava dez carretas por dia aqui
no Piauí, agora só está chegando
duas por dia, o que não é suficiente
para atender a demanda do Estado”,
disse.
O funcionário destaca ainda que
o posto em que trabalha está com
o estoque praticamente zerado e
que, se não chegar novos botijões,
o proprietário terá prejuízos sem as
vendas. “A distribuidora tinha muitos botijões em estoque e, por conta
disso, não está deixando de vender
aos clientes. Porém, até a manhã
desta quarta-feira, havia apenas
duas unidades disponíveis. Ligaram
informando que uma carreta estava
chegando em Caxias (MA), mas se
não chegar até o final do dia, a previsão é de que fique sem o produto”,
lamenta.
Sem ter botijões para entregar,
os funcionários estão de braços
cruzados, na expectativa de que a
situação normalize, vez que a venda
diária é intensa e, sem o produto, o
depósito está deixando de ter lucros.
Com o estoque baixo, quem sofre é o pequeno comerciante, que
não consegue adquirir o produto
de depósitos autorizados e revender para o consumidor. Isto porque
os distribuidores estão dando preferência aos clientes que se dirigem
até o depósito para fazer a compra
ou entram em contato via telefone.
Apesar da falta do gás de cozinha,
ainda não está sendo cogitada o reajuste do preço do botijão, que pode
ser comprado, em média, por R$ 60
nos depósitos autorizados.
Contraponto
Contudo, a Agência Nacional
do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível informou que estão
sendo descarregadas cerca de 5 mil
toneladas de GLP no Porto do Itaqui em São Luis/MA. Parte desta
carga está sendo envasada em botijões em São Luis, com envio diário
para Teresina/PI. Assim, não há
expectativas de restrição de abastecimento no Piauí.