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Professores e técnicos da Uespi aprovam indicativo de greve para segunda

Categoria protesta contra lei que congela progressão de nível e pede que o Governo abra mesa de negociação da campanha salarial deste ano.

11/04/2016 11:26

Atualizada às 12h49min

Funcionários da Uespi (técnicos e professores), em votação na manhã de hoje (11), decidiram aprovar um indicativo de greve. A categoria, reunida em frente ao Palácio Pirajá, fez um alerta geral e anunciou que pode deflagrar o movimento a partir da próxima segunda-feira (18). “O sindicato vai comunicar ao Governo e à Reitoria do que foi aprovado”, explicou o representante da Associação dos Docentes da Uespi, Daniel Solon..

A principal reivindicação da categoria diz respeito ao congelamento da progressão de nível dos docentes. Segundo o professor Daniel Solon, há 140 profissionais com portaria de mudança de nível na Uespi, mas, até o momento, o Governo não se pronunciou quanto às promoções. Outro ponto destacado por ele é a discussão da campanha salarial da categoria para este ano de 2016. “Nós temos que negociar os valores, mas ninguém nos chamou ainda para debater isso”, finaliza Daniel Solon.

Iniciada às 11h26min

Em reunião na manhã desta segunda-feira (11) com o reitor da Uespi, Nouga Batista, e os deputados João de Deus e Flora Isabel, e outros parlamentares, ficou decidido que vai ser enviado um documento para o Governador Wellington Dias pedindo a retirada da Uespi da lei 6.772/2016. O regulamento congela a progressão de carreira dos docentes da instituição.


Fotos: Aldenora Cavalcante/ODIA

Com a nova lei, publicada no dia 2 de março, professores que fizerem mestrado, doutorado ou qualquer qualificação na área docente não irão receber aumento de salário. O reajuste no salário dos professores só será possível se algum docente, que já recebe a progressão, sair do quadro de funcionários da Uespi.

Para o reitor Nouga Batista, a retirada da instituição da lei 6.772/2016 é um passo importante, mas a universidade também precisa avançar em outras questões. Os deputados apoiaram a causa e deram duas sugestões para a solução do problema. “Os deputados disseram que temos dois encaminhamentos, ou esperar que o governador mande para a Alepi aquilo que já foi discutido e pactuar com a procuradoria do Karnak ou, por iniciativa da instituição superior, encaminhar à Alepi a elaboração de um anteprojeto que atenda e antecipe uma discussão na assembleia para aquilo que precisamos”, explicou.

O deputado João de Deus, que foi vaiado no início do seu discurso, prometeu que o documento que revoga a lei e retira a Uespi do texto vai ser encaminhado ainda hoje para o Governador.

Em seu discurso, o reitor da universidade também apoiou o protesto dos técnicos administrativos, que ameaçam entrar em greve reivindicando o aumento de salário. “A universidade tem técnico administrativo que, também, mais do que os professores, há muito tempo sofre com os salários ruins, com as condições trabalhistas no seu plano de carreira que fragiliza a universidade como um todo”, disse Nouga Batista.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Ithyara Borges e Maria Clara Estrêla com informações de Aldenora Cavalcante
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