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Crateras na Avenida Poti causam transtornos e alagamentos na região

Os moradores culpam as obras inacabadas de duplicação da Avenida Poti e o período chuvoso pela problemática do local.

10/03/2017 08:11

Quem transita pela Avenida Poti, localizada no bairro Santa Maria da Codipi, vivencia diariamente os transtornos causados pelas crateras abertas no asfalto. Segundo os mora dores, o problema se agrava no período chuvoso, quando a via alaga, escondendo os buracos. Além disso, as obras de duplicação da avenida seguem em ritmo lento e complicam ainda mais a situação de quem transita pelo local. 

Veículos caem em buracos cobertos pela água da chuva (Foto: Assis Fernandes/ O Dia)

Edivan Morais reside na Santa Maria há dez anos. Ele conta que, antes da obra, a via era uma pista pequena que nunca teve problemas com alagamento e, após o início da duplicação, os buracos começaram a surgir. “A construção começou há três anos e, desde então, começou a inundação. Quando cai a chuva, faz buraco e os carros começam a passar e é muito comum transitar caminhão aqui, o que faz aumentar esses buracos”, afirma. 
O morador diz ainda que, em algumas residências situadas na Avenida Poti, a água chega a invadir os imóveis, provocando prejuízos para a população. Após o início da obra de duplicação, Edivan precisou, inclusive, construir uma mureta para evitar a invasão da água em sua casa, principalmente no período de chuvas. “A água fica acumulada e demora muito para secar. Também temos medo por causa das crianças, tem que ter cuidado ao sair de casa”, comenta. 
 Acidentes 
De acordo com Edivan Morais, os acidentes na área são comuns. Ele relata que motos caem nos buracos, ônibus quebram e os passageiros precisam descer e esperar por outro transporte. O morador também conta que anda de bicicleta e a cautela precisa ser redobrada por causa de motoqueiros e motoristas que sobem no meio fio para evitar as crateras. “Todo dia tem acidente e se aqui tivesse uma câmera de segurança, pegaria todo tipo de acidente. Pessoal cai muito, com água ou sem, porque sempre têm os buracos”, fala. 
O presidente da Associação de Moradores do bairro Santa Maria da Codipi, Pedro Pinheiro, afirma que, por conta da utilização do meio fio como alternativa, o local está danificado também. “Daqui até o posto fiscal, está tudo arrebentado. Sem falar de todos os riscos que as pessoas passam ao ter que andar por aqui, os acidentes com caminhão e moto que eu já presenciei”, relata. 
Moradores contestam desapropriação 
 Para que a duplicação da Avenida Poti seja concluída, a SDU/Centro-Norte precisa usar uma parte do terreno dos moradores para construção da continuação da pista e canteiros. Contudo, a população atingida está descontente com a situação. 

Terrenos precisam dar espaço para pista e canteiros (Foto: Assis Fernandes/ O Dia)

A moradora Darline Oliveira conta que a Prefeitura não quer pagar sua indenização para sair do local por conta da falta de documentação do imóvel. No entanto, ela afirma que sua mãe mora no local há mais de 50 anos e foi solicitado que a frente do terreno seja retirada para extensão da obra. “Não foi nada conversado, é como se fosse uma obrigação nossa. Quando chegarem para concluir a obra, simplesmente vai ser tirado parte do nosso terreno. Isso foi no ano passado e não disseram data para conclusão da obra”, relata Darline. 
Já Aline Samara, que reside no local há 27 anos, re lata que sua mãe precisou derrubar parte da construção da casa, onde tinha um comércio, por conta da solicitação da SDU, mas elas nunca receberam a indenização de R$ 35 mil. “Derrubamos acreditando que íamos ser indenizadas. Foi ano passado, em julho ou agosto. Assinamos um contrato e não tivemos resposta do dinheiro. Minha mãe acabou o comércio e não teve resposta nem dinheiro, agora nós estamos no prejuízo”, conta Aline. 
 Contraponto 
Em nota, a Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação (Semplan) informa que o pagamento das desapropriações da Avenida Poti atende ao trâmite e ao prazo legal. “O processo de pagamento, feito através da Semplan, é efetuado à medida que é realizado o termo de ajuste junto à Procuradoria Geral do Município (PGM). O valor da indenização é depositado na conta do desapropriado”, afirma a nota
Edição: Virgiane Passos
Por: Letícia Santos
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