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Corpo de Bombeiros registra pico de incêndios desde o início da semana

Equipes atendem em média um chamado de emergência a cada três horas. Somente nesta quarta-feira foram 17 ocorrências

13/10/2016 11:23

O fogo que ameaçou atingir a Rodoviária dos Pobres ontem, na Ladeira do Uruguai, ainda nem apagou e o Corpo de Bombeiros já recebeu pelo menos mais dois chamados de emergência no início desta quinta-feira (13). Em média, as equipes precisam se deslocar a cada três horas para atender em Teresina.

Segundo o coronel Kléber Soares, comandante de operações do Corpo de Bombeiros, houve um pico de incêndios e registros de fogo no mato desde o início da semana. Somente ontem, quando Teresina ficou coberta por uma nuvem de fumaça, foram atendidos 17 chamados. “Esse início de outubro indica que teremos aumento de ocorrências em relação ao ano passado. Em agosto, foi 40% a mais a quantidade de registros”, disse o coronel.


Entre os dias 1º e 12 de outubro, o Corpo de Bombeiros informou que houve 60 ocorrências de fogo no mato, 16 em terreno baldio, seis incêndios em residências e cinco em estabelecimentos comerciais. Desde o início do ano, foram 673 atendimentos realizados. Os dados referem-se somente a Teresina.

O coronel explica que as características da vegetação, o tempo quente, o período seco e falta de uma cultura de prevenção ao incêndio são fatores que contribuem para o grande número de ocorrências. “Em Teresina, nas cidades próximas, na PI-112 e na PI-130 as características são semelhantes. E as pessoas continuam a prática do fogo como mecanismo de limpeza de terrenos”, destaca Kléber Soares.

Deposito de lanchonete no terminal rodoviário da BR 343 foi consumido pelo fogo (Foto: Assis Fernandes/ O Dia)

O combate aos focos de incêndio torna-se mais difícil entre 10h e 18h. “À medida que a temperatura aumenta, os chamados aumentam também. Um problema é que as pessoas deixam para ligar depois que o fogo está ameaçando seu patrimônio, o que torna mais difícil o combate”, alerta o coronel.

Sobre a cultura do uso de fogo, o Corpo de Bombeiros destaca que os estados vizinhos possuem vegetação tão seca como no Piauí, têm temperaturas elevadas também, mas há menos ocorrências. “É preciso evitar o uso do fogo meramente para limpar o terreno. Os prejuízos dessa ação são incalculáveis para a fauna, a flora, a temperatura e a qualidade do ar”, disse o comandante Kléber.

Coronel Kléber Soares, comandante de operações do Corpo de Bombeiros (Foto: Assis Fernandes/ O Dia)

Por: Nayara Felizardo e Nathália Amaral
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