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Contra assaltos a bancos, ruas são fechadas com correntes e cadeados

A polícia admite que o bloqueio não consegue impedir totalmente a ação dos assaltantes, mas acredita que a medida atrapalhe.

12/09/2015 15:17

Os assaltos a bancos no interior do Piauí estão obrigando alguns municípios a tomarem atitudes drásticas, como fechar ruas com correntes e cadeados para dificultar o acesso de possíveis bandidos às agências. A medida já é adotada pelo menos em Simões - 417 km de Teresina - e São Miguel do Tapuio, 219 km de Teresina.

Segundo o capitão Felipe, comandante da Polícia Militar de Paulistana, o bloqueio tem certa eficácia e ajuda a polícia a ganhar tempo antes que os bandidos consigam fugir. “Nos últimos dois assaltos que tivemos na região, os carros pararam em frente ao banco. Se tivesse a barreira de contenção isso não aconteceria”, defende o capitão.

Em Simões, a barreira foi desaconselhada pelo juiz local, que entendeu se tratar de uma violação ao direito de ir e vir. De acordo com o comandante do Grupamento de Polícia Militar do município, tenente Ricarte, as correntes eram usadas na avenida principal, onde ficava o Banco do Brasil e a praça da cidade. “Esse isolamento só proibia a entrada de carros, mas não de pedestres”, explicou o policial.

Seguindo a orientação do juiz, a barreira na avenida principal foi retirada. Entretanto, a própria gerência do Banco do Brasil mantém o isolamento em uma rua secundária que fica em frente à agência. As correntes são colocadas após o fim do expediente bancário e permanecem até o início do trabalho no dia seguinte.

O último assalto ao banco em Simões aconteceu no dia 11 de fevereiro do ano passado. A polícia admite que o bloqueio não consegue impedir totalmente a ação dos assaltantes, mas acredita que a medida atrapalhe.

Já em São Miguel do Tapuio, a barreira de contenção é colocada na avenida principal da cidade e na rua lateral do banco. A Polícia Militar da cidade informou que a ação acontece no período de maior movimentação financeira no município, ou seja, os cinco últimos e os cinco primeiros dias do mês. As correntes e os cadeados são mantidos somente no turno da manhã.

O último assalto em São Miguel do Tapuio aconteceu no dia 28 de maio do ano passado, e foi o único em cinco anos. Na ocasião, a quadrilha fez 11 pessoas como reféns. Como não tinham acesso à rua do banco, os assaltantes pararam o veículo distante e tiveram que seguir a pé, o que chamou a atenção de algumas pessoas e evitou que mais gente fosse usada como refém.

Para fugir, a quadrilha usou o carro do gerente e só conseguiu sair da rua porque um morador, com medo, retirou a corrente e liberou a passagem dos bandidos.

A barreira de contenção é feita pela Polícia Militar, em parceria com a prefeitura e a agência bancária.

Por: Nayara Felizardo
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