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Consumidores estão optando por veículos seminovos e reposição de peças

Tendência é registrada neste momento em que o país enfrenta uma crise econômica que atinge diretamente os consumidores.

16/12/2016 06:54

Com o fim da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) desde janeiro de 2015, os consumidores que querem comprar um carro novo estão tendo que desembolsar uma alíquota maior, além de taxas como seguro e IPVA. Por isso, muitas pessoas estão optando por trocar seus veículos por seminovos, que também possuem peças com preços mais acessíveis.

Teresina é uma das capitais brasileiras com a maior frota de veículos novos proporcionalmente à quantidade de habitantes, como revelam as estatísticas de 2016. Contudo, houve um retrocesso nas vendas de automóveis novos em relação aos anos anteriores, sobretudo devido à instabilidade política e econômica.

E por conta da crise que o País tem enfrentado, alguns consumidores estão optando por manter o veículo usado ou ainda em comprar um automóvel mais antigo, cujas taxas são mais em conta. Como é o caso do mecânico Janiel Ferreira, que trocou seu carro ano 2012 por um de 1993.


Janiel é mecânico e revela que trocou um carro 2012 por um de 1999 (Foto: Moura Alves/O Dia) 

“Compensa mais ter um carro antigo, tanto por conta das peças que são mais baratas, quanto porque são econômicos no combustível, fora as taxas de emplacamento e IPVA que são mais baratas. A diferença do emplacamento do meu carro caiu de R$ 600 para R$ 148; então, com essa diferença que sobra, eu consigo investir na manutenção do meu carro, comprando boas peças e fazendo revisão”, disse.

Por trabalhar no ramo, Janiel Ferreira explica que fica mais em conta comprar peças em lojas especializadas do que nas concessionárias, o que barateia o custo em até 50%. Sobre os carros antigos, o mecânico destaca que ainda que não seja possível encontrar peças originais, as similares possuem tanta qualidade quanto as de fábrica e ainda geram uma economia no bolso do consumidor.

No dia a dia, enquanto algumas pessoas preferem fazer reparos simples, outros optam por trocar a peça danificada e consertar de vez o problema. “Tudo depende de quanto o consumidor quer investir. Muitas pessoas preferem deixar o carro com a peça quebrada do que mandar fazer a manutenção. Um cliente já veio com o ar-condicionado danificado, mas como o veículo ainda funcionava normalmente, ele preferiu ficar no calor”, cita explicando que os clientes estão evitando ao máximo terem gastos extras.

Por: Isabela Lopes - Jornal O Dia
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