Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Com gratificações cortadas, diretores ameaçam tirar férias coletivas

Caso a decisão seja tomada, as escolas vão ficar impedidas de expedir documentos de transferências e não vão receber as matrículas.

29/01/2015 06:33

Ontem (28), um grupo de 15 diretores de escolas da rede estadual de ensino da zona Norte de Teresina reuniram-se na Unidade Escolar Helena Carvalho, no bairro Memorare, para discutir que providências tomar diante do corte das gratificações oferecidas aos diretores nomeados. Os educadores acenaram por uma possível opção de férias coletivas caso a decisão sobre o corte dos benefícios seja mantida

Segundo a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), atualmente, 240 diretores eleitos e de escolas integrais estão com as gratificações mantidas, mas os 440 diretores nomeados tiveram os benefícios cortados.

De acordo com o secretário de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação em Educação Básica do Piauí (Sinte-PI), Kassyus Lages, os diretores nomeados como comissionados tiveram suas gratificações cortadas mesmo trabalhando. 

�€œDesde o final do ano passado, estão retirando as gratificações de quem realmente está trabalhando, sem tirar férias para garantir a matrícula do ano letivo de 2015. Fomos informados que todos os cargos comissionados terão suas gratificações cortadas, mas o que nós declaramos é que, mesmo sem terem sido eleitos por votação, esses professores estão prestando seus serviços. Nós queremos que as eleições para o cargo de direção da escola permaneça, mas os diretores não devem ser penalizados e tratados como detentores de cargos de indicação política�€, alega.

Segundo o professor, os diretores decidiram se reunir para discutir a situação em que se encontra a Educação em todo o Estado. �€œRecebemos a informação de que em Picos todos os diretores estão se reunindo para entregar os cargos e isso vai mexer com as matrículas e fazer com que muitos pais mudem seus filhos para as escolas municipais. Além disso, aquela ideia de ampliar o número de matrículas na escola não poderá ser colocada em prática�€, alerta.

Para o membro do Sinte- PI, o posicionamento do governo é um ato de irresponsabilidade para com os diretores que estão exercendo suas funções, mantendo as escolas em funcionamento, realizando matrículas e transferências, que podem culminar na decisão pelas férias coletivas.


Veja mais detalhes na edição desta quinta-feira (29) do Jornal O Dia

Por: Priscila Florêncio - Jornal O Dia
Mais sobre: