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Com estrutura comprometida, usuários temem transitar pela Ponte da Amizade

Motoristas e ciclistas descrevem que, quando passam veículos pesados, sentem a ponte balançar e têm receio que ocorra algum acidente

09/07/2015 07:21

Após a denúncia de que a estrutura da Ponte Presidente José Sarney, mais conhecida como Ponte da Amizade, estaria comprometida, com rachaduras e desnível em uma das alças, muitos usuários que passam pelo local diariamente estão bastante apreensivos. A ponte liga as cidades de Teresina, no Piauí, e Timon, no Maranhão. 

Um desses usuários é o trabalhador de serviços gerais Sebastião dos Santos. Ele reside na cidade de Timon e passa pela Ponte, pelo menos, quatro vezes por semana. Segundo ele, além das rachaduras, é comum sentir a ponte balançando, principalmente quando passam veículos mais pesados. Ele fala ainda que já tiveram outras rachaduras, mas que foram consertadas. 

“Eu tenho medo de passar por aqui, mas, como esse é o único caminho que posso pegar, é o jeito passar nessa ponte e, quando treme, aí é que dá mais medo. Eu acho que deveriam arrumar isso o mais rápido possível, porque é uma ponte importante e muitas pessoas passam por aqui”, disse. 

Foto: Ana Paula Diniz/ ODIA

O motorista Sérgio Ribeiro também passa pelo local diariamente. Ele trabalha na cidade de Timon e passa pela Ponte duas vezes ao dia, e seis vezes por semana. Para ele, além do perigo de desabar, ele teme que ocorra algum acidente. “Essas fendas que criaram foram um desnível e alguém pode acabar caindo, ainda mais motoqueiro. E também tem a calçada embaixo da ponte, que está desmoronando e é ela que sustenta a alça da ponte”, descreve, acrescentando que não se sente seguro em passar pelo local. 

Caio Gama reside na cidade de Timon e todos os dias se desloca de ônibus ou de carro a Teresina para estudar. Para ele, a maior preocupação não deve ser momentânea, mas sim daqui a alguns anos. “Eu não tenho tanto medo de passar agora, eu penso mais no futuro, porque eu sei que a ponte não vai cair amanhã; por isso, que as medidas tomadas precisam ser preventivas”, disse o jovem. 

O estudante destacou ainda que o tráfego de caminhões pesados, associado com os desgastes na estrutura, pode acabar comprometendo ainda mais a ponte. Ele explica que é comum, no momento que os veículos passam pelo local, sentir a estrutura balançar. “Essas rachaduras e a ponte balança. Pode ser que acabe interferindo para que algo aconteça e o mais perigoso é ocorrer algo em horário de pico, que pode ser pior”, enfatiza Caio Gama.

Por: Isabela Lopes- Jornal O Dia
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