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Com crise, lojistas têm baixa expectativa de vendas para o período junino

Apesar das vitrines já estarem cheias de produtos para as festas, os consumidores não apareceram

28/05/2016 08:06

O mês de junho se aproxima, e produtos típicos da época de festividades de São João começam a ganhar espaço nas vitrines das lojas do centro de Teresina. O problema é que os clientes ainda não apareceram, e nem devem aparecer em grande número como nos anos anteriores. Essa é a expectativa dos lojistas que trabalham na venda de itens comercializados durante o período junino.

Bandeirolas, Balões, Chapéus, são alguns dos produtos comercializados por Maria Auxiliadora, proprietária de uma loja de variedades no centro da capital. como nos anos anteriores, ela resolveu abastecer o estoque de forma antecipada, e espera não ficar no prejuízo.

“Nos anos anteriores, sempre faltava produto, porque a procura era muito grande. Para esse ano, do jeito que as coisas estão, a nossa esperança é vender, pelo menos, 80% do que investimos. Esse ano, eu espero que dê pra vender o que eu já comprei”, pontua a comerciante. Outro setor que tradicionalmente registra aumento na procura durante o período junino é o de tecidos e confecções. Os tradicionais recortes de chita dão o colorido aos vestidos e camisas utilizadas por quem participa das quadrilhas e festas típicas. Apesar da forte tradição, ainda respeitada por muitos, as vendas desse tipo de produto também dão sinal de queda para o ano de 2016.

Foto: Moura Alves/O Dia

Os lojistas que atuam na venda dos tradicionais fogos de artificio também enfrentam dificuldades, e vivenciam a baixa expectativa de vendas. “No ano passado a procura era bem melhor, mas esse ano está uma negação. A gente espera que depois do dia 10 de junho melhore um pouco, mas nada comparado aos anos anteriores” avalia Oneide Carvalho, proprietária de uma loja de fogos.

Para tentar atrair clientes vale quase tudo. Alguns lojistas investem pesado na decoração. “A gente tenta atrair os clientes de várias maneiras: além da decoração típica, colocamos músicas do período junino para tocar na porta da loja”, afirma Maria Auxiliadora. Diminuir o preço e oferecer descontos também é uma das alternativas encontradas para driblar a crise e chamar a clientela. “Geralmente, as pessoas vêm para olhar o preço, e acabam não voltando. Por isso, acabamos diminuindo o preço dos produtos para tentar convencer a pessoa a comprar”, comenta Oneide Carvalho.

Por: Natanael Souza - Jornal O Dia
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