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Chesf diz novas usinas hidrelétricas no Parnaíba são hoje projetos inviáveis

A Chesf estudou os projetos e os custos relacionados aos impactos ambientais e sociais.

07/08/2015 07:26

O diretor de Operações das Chesf, José Ailton, informou em coletiva de imprensa realizada na última quarta-feira (05) em Teresina que os projetos de instalação de novas usinas hidrelétricas no Rio Parnaíba estão praticamente inviabilizados. Segundo ele, a Chesf já estudou exaustivamente os projetos e os custos relacionados aos impactos ambientais e sociais dificultam a viabilidade financeira das usinas Ribeiro Gonçalves, no município de Ribeiro Gonçalves, Cachoeira, em Floriano, Estreito Parnaíba, em Amarante, e Castelano, em Palmeirais.

“As usinas hidrelétricas do Parnaíba já foram exaustivamente estudadas pela Chesf. A gente tem os estudos tanto de viabilidade técnica e econômico financeira, como os estudos de impacto ambiental. No entanto, essas usinas elas mostraram que o impacto ambiental acaba ficando muito caro porque tem que remover populações e hoje a sociedade não aceita mais projetos com remoção de populações sem que elas sejam devidamente assistidas”, diz José Ailton.

De acordo com ele, outra dificuldade para os empreendimentos são a construção de eclusas nas quatro usinas. As eclusas, obra de engenharia hidráulica que permite que embarcações subam ou desçam os rios em locais onde há desníveis, não são de responsabilidade das empresas de setor elétrico, mas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – Dnit. “Não tem sentido hoje fazer usinas sem eclusas”, explica José Ailton. Ele explicou ainda que o governador Wellington Dias (PT) tem feito um trabalho político junto ao Governo Federal para tentar tirar os gastos com problemas ambientais incluídos em programas sociais da União, com isso o projeto das usinas ficaria com menores custos.

Em 2012, os projetos das barragens foram a Leilão da Empresa de Pesquisas Energéticas, mas o alto custo impossibilitou a atrativa dos projetos.


Por: João Magalhães - O DIA
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