O diretor de Operações
das Chesf, José Ailton,
informou em coletiva de
imprensa realizada na
última quarta-feira (05)
em Teresina que os projetos
de instalação de
novas usinas hidrelétricas
no Rio Parnaíba estão praticamente
inviabilizados.
Segundo ele, a Chesf já
estudou exaustivamente
os projetos e os custos
relacionados aos impactos
ambientais e sociais dificultam
a viabilidade financeira
das usinas Ribeiro
Gonçalves, no município de
Ribeiro Gonçalves, Cachoeira,
em Floriano, Estreito
Parnaíba, em Amarante, e
Castelano, em Palmeirais.
“As usinas hidrelétricas
do Parnaíba já foram
exaustivamente estudadas
pela Chesf. A gente tem os
estudos tanto de viabilidade
técnica e econômico
financeira, como os estudos
de impacto ambiental. No
entanto, essas usinas elas
mostraram que o impacto
ambiental acaba ficando
muito caro porque tem
que remover populações e
hoje a sociedade não aceita
mais projetos com remoção
de populações sem que elas
sejam devidamente assistidas”,
diz José Ailton.
De acordo com ele, outra
dificuldade para os empreendimentos
são a construção
de eclusas nas
quatro usinas. As eclusas,
obra de engenharia
hidráulica que permite
que embarcações subam
ou desçam os rios em locais
onde há desníveis, não são
de responsabilidade das
empresas de setor elétrico,
mas do Departamento
Nacional de Infraestrutura
de Transportes – Dnit.
“Não tem sentido hoje
fazer usinas sem eclusas”,
explica José Ailton. Ele
explicou ainda que o governador
Wellington Dias
(PT) tem feito um trabalho
político junto ao Governo
Federal para tentar tirar
os gastos com problemas
ambientais incluídos em
programas sociais da
União, com isso o projeto
das usinas ficaria com
menores custos.
Em 2012, os projetos
das barragens foram a
Leilão da Empresa de Pesquisas
Energéticas, mas o
alto custo impossibilitou a
atrativa dos projetos.