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Casa Abrigo: promotora constata falta de segurança para vítimas de violência

O local pode abrigar 10 pessoas, entre mulheres e crianças, mas não tem ninguém.

24/10/2015 10:58

Representantes das instituições de proteção à mulher vítima de violência doméstica e familiar fizeram uma visita técnica na Casa Abrigo Mulher Viva, de Teresina. O objetivo da visita, na última sexta-feira (23), foi vistoriar e conhecer de perto as condições da casa, que serve de acolhimento para mulheres que sofreram violência doméstica e que não podem continuar no convívio de seus parceiros ou parceiras, sem que haja risco de reincidência da violência ou de morte.

A Promotora Amparo Paz, do Núcleo de Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (NUPEVID); Lia Ivo, coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher em Situação de Violência da Defensoria Pública do Piauí e o juiz José Olindo Gil Barbosa, titular do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra Mulher, estiveram presentes na Casa Abrigo e discutiram melhorias para a instituição.

A casa abriga, além das mulheres, os filhos que também estavam expostos à situação de violência doméstica. A casa tem capacidade de acolher dez pessoas por vez, entre mulheres e crianças, mas se encontra vazia no momento.

A Casa Abrigo é a única disponível no estado para o acolhimento de mulheres e filhos, recebendo casos do interior e da capital, e já funciona há 11 anos. Segundo a coordenadora, Ana Cleide Nascimento, a casa passa por problemas na segurança e na estrutura. “Estamos sem policiamento ou equipamentos de segurança. A cerca não está funcionando, o que nos coloca em riscos. Quando uma mulher vem pra cá, é porque já foram esgotadas as possibilidades de que ela esteja em qualquer outro ambiente, sem que ela sofra risco de morte”, diz Ana Cleide.

Segundo a Promotora Amparo Paz, o espaço atual do abrigo é bom, mas precisa de reparos. “A Casa passou por um grande período sem coordenadoria, o que dificultou o trabalho das funcionárias e deixou o local precisando de reformas estruturais e outros pequenos reparos. A nossa maior preocupação, no momento, é a segurança no local. Fizemos essa reunião com os representantes da rede, porque é preciso que todos estejam envolvidos na solução dos problemas”, relata Amparo Paz.

Fonte: Da Redação
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