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Cafeína, álcool e aparelhos eletrônicos influenciam nas noites de insônia

A qualidade do sono está diretamente ligada aos hábitos saudáveis. Da mesma forma, as noites mal dormidas são sintomas de que algo não vai bem.

24/09/2017 08:49

Segundo a psicóloga Kyslley Urtiga, especialista em terapia do sono e psicologia clínica, ter hora de acordar e de dormir é um dos hábitos que ajuda a manter o sono em dia e garante que o corpo tenha ritmo. “Com a vida moderna que temos, bagunçamos tudo. A pessoa acaba se alimentando tarde e dormindo mais tarde. E aí começam as perturbações com o sono, como noites mal dormidas, despertar precoce e recorrente, podendo até causar insônia de vários graus", enfatiza.

Foto:Pedro Ribas/SMCS/FotosPúblicas

Para tratar o problema, Kyslley Urtiga afirma que é preciso fazer o diagnóstico, que nem sempre leva à necessidade de tomar remédio. “Temos que mostrar ao indivíduo o comportamento errado dele e fazer o que chamamos de higienização do sono, dando a essa pessoa novas condições de comportamento", explica a psicóloga Urtiga.

Em média, o organismo precisa de oito horas de sono. Entretanto, Kyslley Urtiga lembra que algumas pessoas são consideradas como curtas dormidoras. Estas precisam apenas de cinco a seis horas dormindo para se sentirem revigoradas. "Eu preciso entender, se sou mais matutino - acordo cedo -, ou estou disponível e gosto de dormir cedo. Ou então, sou vespertino, funciono melhor no final da manhã para a tarde. A psicologia ajuda a pessoa se identificar e a organizar o ritmo biológico dela, provocando uma melhor qualidade de sono", completa a especialista.

 A psicóloga Kyslley Urtiga (Foto: Letícia Santos/ O Dia)

O cochilo após o almoço, por exemplo, é indicado pelos especialistas e pode se somar às horas dormidas à noite. "Quando se fala em oito horas, não precisa ser necessariamente ininterruptas. Dormir seis horas durante a noite e, mais tarde, descansar duas horas, pode ser revigorante", completa Kyslley Urtiga.

A perda de sono influencia diretamente na perda da imunidade, na irritabilidade e nas sensações de cansaço e fadiga. "A insônia tem sido um problema de saúde pública, por conta do ritmo de trabalho que levamos”, afirma a psicóloga.

Levar celular ou tablete para a cama, ou ainda assistir televisão até tarde, pode ser considerado um péssimo hábito. Isso porque, segundo Kyslley Urtiga, esses aparelhos são inibidores de sono, pois emitem a luz azul. “Ao invés de estimular a melatonina - substância que faz com que as pessoas durmam -, ela inibe e faz com que surja o cortisol, que a gente fique acordado”, explica.

Criar hábitos saudáveis é a melhor alternativa para quem sofre de insônia. Evitar álcool  cafeína, bem como os aparelhos eletrônicos uma hora antes de ir para a cama, também ajudam a evitar noites mal dormidas.

Por: Luiz Carlos Oliveira
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