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Cadeirantes cobram asfalto em rua localizada na Vila Monte Horebe

Moradores afirmam que Rua das Palmeiras foi contemplada no Orçamento Popular, mas trecho onde moram cadeirantes não será asfaltado

10/09/2015 07:17

A Rua das Palmeiras, localizada na Vila Monte Horebe, zona Sudeste de Teresina, foi contemplada através do Orçamento Popular para receber asfalto. Contudo, o trecho da via onde moram dois cadeirantes não será asfaltado. 

A dona de casa Maria do Rosário reside na Rua das Palmeiras há 20 anos e fala sobre as dificuldades que passa com o marido, que possui deficiência motora e precisa usar cadeira de rodas o tempo todo. “Estou sem levá-lo para fisioterapia há meses, porque o carro que vinha buscar não vem mais por causa dessa rua”, afirma. Segundo ela, a rua está calçada há cinco anos, mas o calçamento não é o suficiente para fazer a locomoção dos cadeirantes e, além disto, não há acessibilidade. 

Para Deusa Maria de Sousa, a Associação de Moradores deveria ter dado prioridade ao trecho da via no momento da escolha das ruas que receberiam o calçamento através do Orçamento Popular. “Eles mandaram fazer um asfalto na Rua das Palmeiras, mas o trecho encerra antes de entrar nesse. Por lei, eles deveriam melhorar a vida dos cadeirantes”, declara, acrescentando que “outro rapaz [que mora na rua] anda em uma cadeira de rodas elétrica, mas nem sai de casa porque a rua não possibilita”, declara. 

O presidente da Associação de Moradores, Pedro Alexandre Pereira, diz que o trecho da Rua das Acerolas, entre a Noé Mendes e a Pangaré, e o trecho da Rua Pangaré, entre a Canastra e Acerola, além do trecho da Rua das Palmeiras foram contemplados através do Orçamento Popular. As primeiras foram aprovadas em 2011 e só agora a obra será feita. O trecho da Rua das Palmeiras foi aprovado em 2013 e também só está sendo feito agora. 

Foto: Assis Fernandes/ ODIA

Para Pedro Alexandre, o trecho da Rua das Palmeiras não foi contemplado porque os moradores não compareceram à reunião para votar. “O que nós temos na comunidade não é trazido por vereador nem deputado, é uma participação do conselho comunitário junto com o povo. Fazemos uma reunião do Orçamento Popular na comunidade, convocamos o povo e as ruas onde têm maioria na reunião são as contempladas, através do voto”, declara. Segundo ele, são convocadas mais de 200 pessoas para as reuniões, mas, costumeiramente, só 30 são presentes. 

Para o presidente da associação, os moradores não entendem como funciona o Orçamento Popular e querem exigir benefícios sem participar ativamente das reuniões. “Eles só estão assim agora, porque viram a obra começando, antes nem fé tinham”, declara. 

Daniel Pereira, coordenador de Asfalto da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Semduh), destaca que quem escolhe o trecho, no Orçamento Popular, é a própria comunidade. “Destinaram um valor de R$ 20 mil para o trecho da Rua das Palmeiras, que liga a Pangaré até a Coivaras, em torno de 150 metros, e investimos R$ 38 mil”, afirma. Segundo ele, o ideal era que a população, no momento de fazer a proposta, colocasse o trecho dos cadeirantes. 

Ainda segundo o coordenador de Asfalto, a Prefeitura de Teresina tem um programa de asfaltar, todos os anos, um milhão e meio de vias onde vivem cadeirantes. “As proposta é avaliada pelo próprio conselho, que se reúne na Semtcas, que encaminha para a Semduh”, explica. Neste caso, qualquer morador pode fazer a solicitação, basta procurar a Semduh. 

Por: Ana Paula Diniz- Jornal O Dia
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