Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Voluntários pedem doação de livros para biblioteca de taipa

Grupo Lúmens arrecada doações para ajudar crianças e adolescentes da comunidade Sambaíba.

28/04/2016 07:48

O Grupo Lúmens está ajudando a construir uma biblioteca de taipa na comunidade Sambaíba, localizada na cidade de Miguel Alves, e o local precisa de doações de livros para que seu acervo seja montado. O objetivo do grupo é que as crianças e adolescentes da região aproveitem de forma melhor o tempo que passam ociosas.

Foto: Reprodução/Facebook

Adriana Loureiro, integrante do Grupo Lúmens, fala que a ideia de arrecadação dos livros surgiu devido à construção da biblioteca. “A biblioteca é um projeto do nosso grupo e surgiu depois que assistimos uma reportagem a respeito da péssima situação em que se encontravam as crianças e adolescentes que estudavam numa escola da comunidade Sambaíba, conhecida como Escolinha de Taipa, que era realmente de taipa. A gente achou necessário e então resolvemos tentar construir uma biblioteca para elas. Foi quando começamos a pedir doações de livros”, conta.

Após ver uma série de reportagens sobre as condições das escolas do Brasil, o Grupo começou a realizar ações na comunidade e percebeu que iniciativas isoladas não iriam ser de tanta ajuda à população. Por isso, em 2014, o Grupo organizou um projeto chamado “Escolinha de Taipa”, no qual buscaram desenvolver atividades que ajudassem a comunidade e que chamassem a atenção das autoridades para a construção de uma escola de alvenaria, o que ocorreu no início de 2016. O Grupo usou as redes sociais e os portais de notícias para informar as pessoas sobre o que estava acontecendo em Miguel Alves.

Voluntários ajudam comunidade sem apoio das autoridades

Adriana Loureiro diz que, após muitas tentativas junto às autoridades do município, para melhorar a condição estrutural da escola, o Grupo Lúmens decidiu, por conta própria, construir a biblioteca.

“No decorrer de dois anos, a ideia acabou florescendo para a biblioteca de taipa, porque fomos tentando conseguir algumas coisas para melhorar a escola e, no fim das contas, acabamos conseguindo que a Prefeitura construísse uma outra escola”, lembra.

Atualmente, o Grupo não tem apoio da Prefeitura de Miguel Alves nem de outras autoridades para arquitetar a biblioteca. “Estamos construindo a biblioteca por conta própria e com apoio apenas dos moradores. Ela vai ser edificada por meio de bioconstrução; então, as pessoas da comunidade estão envolvidas nisso, e também com técnicas de permacultura”, pontua.

Raina Costa, integrante do Grupo e arquiteta à frente da construção da biblioteca, explica como se dá o processo através da bioconstrução. “O objetivo principal era desenvolver as técnicas que os próprios moradores utilizam na construção. No clima do Piauí, a taipa de mão, o adobe, funcionam muito melhor do que o tijolo, porque ele esquenta demais e seria propício para lugares que teriam ar condicionado e ventilador. Uma casa de taipa não precisa, porque ela fica bem fresca”, explica.

O Grupo esclarece ainda que não há um prazo estipulado para o recebimento das doações. Os interessados em doar livros podem entrar em contato com o Grupo através da sua página no Facebook.

Por: Ioná Nunes - Jornal O DIA
Mais sobre: