Um bebê diagnosticado com microcefalia veio a óbito ontem (02), na Maternidade Dona Evangelina Rosa, zona Sul de Teresina. A garotinha, de uma família de José de Freitas, tinha 10 dias de vida, e desde que nasceu estava internada na UTI da maternidade. A causa da morte ainda será investigada, considerando que o bebê tinha outros problemas de saúde além da microcefalia.

"O bebê já estava na UTI da Maternidade por conta de outros problemas. Além de microcefalia, ele possuía outras malformações congênitas. O caso vai entrar no protocolo do Ministério, para se investigar o caso da morte, se foi por conta da microcefalia que já teria sido diagnosticada", informou a assessora da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí, Graciene Nazareno.

De acordo com a assessoria, o caso do bebê ainda será investigado para saber se a microcefalia teria ligação com zika vírus. Pelo protocolo, a mãe responderá um questionário sobre ela e o bebê, devendo informar se apresentou os sintomas da doença Zika vírus, como febre, vermelhidão e erupções na pele, coceira e dores musculares.

Casos no Piauí

A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí - Sesapi, já registra 51 casos de microcefalia aparentemente associados ao zika vírus, que ainda estão sendo investigados. Os dados constam no novo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que foi divulgado no final de dezembro.

Imagem: Reprodução/Bolsa de Mulher

O Estado ainda investigava 423 casos suspeitos de microcefalia, mas foram todos isentos de perigo após a redução do tamanho do perímetro encefálico determinado como corte pelo Ministério da Saúde. De acordo com o Protocolo Clínico e Epidemiológico de Microcefalia, serão notificados bebês com perímetro cefálico menor ou igual a 32 cm, no caso de recém-nascidos, e para fetos que apresentem circunferência craniana com dois desvios padrão abaixo da média para a idade gestacional. Anteriormente, a notificação era feita após detecção de crianças recém-nascidas com perímetro cefálico menor ou igual a 33cm.

Guerra contra o mosquito

O prefeito de Teresina decretou, no último dia 30, emergência na saúde pública por conta da alteração do padrão de ocorrência de microcefalia, relacionada à infecção pelo vírus Zika. Com o decreto, a ideia é reforçar as medidas de prevenção e controle dessa virose em conjunção com a dengue e a Chikungunya. O decreto tem validade de 90 dias, prorrogável por igual período.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Marcos Cunha (estagiário)