O aumento no preço dos alimentos e remédios no Brasil tem obrigado os piauienses a buscarem alternativas para economizar. Nos últimos meses, esses dois itens vêm sendo responsáveis pelas principais pressões no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de elevação desses produtos no índice, que mede a inflação no país, ficou em torno de 1,03%.
Foto: Isabela Lopes/ODIA
Alguns itens essenciais da cesta básica dos brasileiros sofreram uma drástica elevação no preço, nas últimas semanas, entre eles estão a batata-inglesa (29,65%), o feijão-carioca (5,04%), a farinha de mandioca (4,45%) e o leite (2,82%). Esses alimentos, geralmente, consumidos em casa subiram mais do que as refeições fora de casa, que registra uma alta de 0,93%.
Já os remédios mantiveram a alta expressiva pelo segundo mês seguido, em torno de 6,5%. O aumento é reflexo do reajuste de até 12,5%, autorizado pelo governo federal no último mês de abril. A decisão causou impacto no preço de mais de 9 mil medicamentos com preços controlados.
Essas mudanças no cenário econômico causam impactos diretos na vida dos consumidores. Com tanto aumento no preço de itens essenciais, é preciso buscar alternativas para manter a dispensa abastecida, sem precisar gastar mais por isso. A saída mais recomendada é uma velha conhecida dos brasileiros: a pechinha.
A busca pelo preço mais barato dos produtos torna as compras do mês uma verdadeira peregrinação para a dona de casa Abigail Ribeiro. Com itens básicos da alimentação com preço elevado, ela procura visitar vários estabelecimentos, para tentar garantir o menor preço.
“Arroz, óleo, açúcar, farinha. o preço desses produtos está alto demais. Sempre procuro comprar no lugar em que é mais baratos. Ando muito, para pesquisar os preços. Quem não pesquisa acaba levando prejuízo”, avalia a dona de casa Abigail Ribeiro.
Já para a também dona de casa Neusa Lopes, a alternativa encontrada foi apertar os cintos, e comprar apenas o indispensável. “Está tudo mais caro. Se você não buscar uma forma de economizar, o dinheiro do mês acaba não sendo suficiente para todas as necessidades”, pontua.
A solução encontrada por Alessandra Lima para driblar os altos preços, foi retomar o antigo hábito de levar uma lista de compras ao supermercado, sempre com a calculadora nas mãos. “Quando você não tem a lista, acaba comprando coisas por impulso. É uma forma de controlar os gastos”, comenta.
Para quem utiliza medicamentos com frequência, a alternativa também é fazer pesquisas de preço. Programas como Farmácia Cidadã e Farmácia Popular, que comercializam remédios com preços subsidiados, são boas opções para conseguir uma economia.