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Após três anos de ataque com espeto, homem está em tratamento psicológico

O fato ocorreu na Vila Irmã Dulce e o jovem atacou quatro pessoas, sendo três crianças, em novembro de 2013. Hoje, ele ainda recebe ameaças de morte.

09/02/2017 07:01

Nesta quinta-feira (9), o Jornal ODIA relembra uma das histórias mais marcantes de Teresina, o caso de um jovem que atacou quatro pessoas, sendo três crianças, em novembro de 2013. O fato ocorreu no Vila Irmã Dulce, zona Sul da Capital, e as vítimas residiam na própria rua do acusado.

Três anos depois, a equipe de reportagem volta ao local do atentado e conversa com a mãe de Antônio Marcos Lima Pereira, de 24 anos, e com alguns moradores, que relembram os momentos de pânico no dia dos ataques. Esquizofrênico, o jovem atualmente toma remédio controlado e tem acompanhamento no Centro de Atenção Psicossocial da região (Caps).

Morando em uma residência simples na Vila Irmã Dulce, a dona de casa Maria Dalva Pereira da Cunha, de 53 anos, conta que sobrevive da venda de cosméticos e fazendo faxina, dinheiro praticamente todo revertido na compra dos remédios controlados de Antônio Marcos. Ela fala ainda das ameaças que frequentemente o filho sofre ao andar pelas ruas da cidade, inclusive com ameaças de morte.


Maria Dalva conta que o filho toma cinco remédios por dia para tratar distúrbio (Foto: Moura Alves/O Dia)

“Ele tem um distúrbio mental, uma doença que não tem cura, toma cinco tipos de remédio por dia e faz acompanhamento psicológico no Caps duas vezes por semana. Eu tenho um laudo dele comprovando a doença e vou tirar um novo no Hospital Areolino de Abreu. Não posso andar com ele nas ruas, no ônibus, que as pessoas ficam apontando e dizem que querem matá-lo”, disse.

Dona Maria Dalva relata que, na época, foi muito complicado, porque as pessoas eram muito agressivas com a família e não entendiam que o rapaz sofria com transtornos mentais. A mãe conta que Antônio Marcos chegou a ser preso e levado para a Central de Flagrantes, onde foi encaminhado para a Penitenciária de Esperantina. Segunda ela, o rapaz chegou a apanhar dos presos e teve problemas de saúde.

Apelo

A dona de casa salienta que em 2013, quando ocorreu os ataques, Antônio Marcos não tomava remédio; contudo, com a administração da medicação atualmente, não há risco de novas crises. Em prantos, dona Maria Dalva faz um apelo à população.

“Eu quero que todas as pessoas que o Antônio Marcos fez isso nos desculpe, que isso não vai mais acontecer. Ele é doente, não façam nada de mal com ele, porque eu sei que não fez porque quis. O Antônio Marcos era estudioso, fez até o 2º Ano do Ensino Médio, frequentava a igreja, era um bom menino, quando adoeceu e agora está assim, dependendo de mim para tudo”, fala.

Por: Isabela Lopes - Jornal O Dia
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