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Ansiedade e emoções variadas marcam espera do nascimento de filhos

Mães, na reta final da gestação, falam dos sentimentos e da expectativa em poder cuidar, educar e vivenciar a maternidade

12/05/2017 08:31

Gerar uma criança, sem dúvida , é um dos maiores milagres da vida. E receber esse bebê com todo amor e carinho, em um ambiente acolhedor, é o que as mães sempre buscam. Mas essa não é uma tarefa fácil e muitas mulheres passam por várias barreiras até conseguir segurar seus filhos nos braços. 
Foi o que aconteceu com a secretária Raquel Fontes Lemos, de 25 anos. Há quatro anos, ela aguardava ansiosa a chegada de sua primeira filha, mas não ficou muito tempo com a pequena em seus braços, pois ela faleceu um dia após o nascimento. Apesar da perda, Raquel não desistiu de ser mãe e hoje desfila com uma enorme barriga de oito meses, onde carrega Rafael. 

Esposo de Raquel Fontes acompanha de perto o pré-natal (Foto: Assis Fernandes/ O Dia)
Para ela, a expectativa é a melhor possível, pois, apesar de ser sua segunda gestação, essa será a primeira vez que poderá ter, de fato, um filho em seu colo. “A expectativa dessa vez é muito maior, porque já tive outra filha, mas não tive muito contato, não amamentei, nem levei para casa, não peguei no colo, não eduquei nem pude sentir o que é ser mãe. E agora eu poderei ter essas sensações”, fala. 

E com a chegada do Dia das Mães, a emoção de Raquel Fontes está redobrada, principalmente pela possibilidade de o bebê nascer a qualquer momento. A secretária explica que o nascimento de Rafael está previsto para o dia 23 de maio, mas tudo pode acontecer e ele nascer antes. 
“Minha gravidez está pertinho, na reta final, então pode nascer a qualquer momento. E se ele nascesse no Dia da Mães, seria o maior presente da minha vida, porque serão duas datas muito importantes que irei comemorar”, disse. 
Gestação tardia 
A balconista Elizeuda Rodrigues, de 39 anos, também está na expectativa para a chegada de seu segundo filho. E assim como Raquel Fontes, ela também não teve uma gestação fácil. Elizeuda explica que sua primeira gravidez foi tranquila e não apresentou nenhuma dificuldade, diferente desta vez. 

Elizeuda está grávida 11 anos depois de ter o primeiro filho (Foto: Assis Fernandes/ O Dia)
“Agora estou com muito líquido, ou seja, minha barriga está grande, mas o bebê não consegue se desenvolver direito e acaba ficando com um peso mais baixo do que deveria para essa altura da gestação, e isso pode trazer problemas para o bebê posteriormente. Além disso, estou com anemia, o que não tive na primeira gestação e tudo isso tem me deixado assustada e com medo”, cita, acrescentando que esses problemas têm relação com sua idade e fazem com que a gestação seja de risco. 

Mesmo sendo mãe de um garoto de 11 anos, Elizeuda Rodrigues garante que a ansiedade, os medos e anseios não mudam nunca, independente de quantos filhos tenha. 
“O nervosismo é o mesmo, assim como o medo, e, no segundo, talvez esteja até mais nervosa, porque farei um parto cesariano e isso tem me deixado preocupada. Isso tem me feito chorar muito, mas eu sei que no final vai dar tudo certo”, fala, otimista.
Apoio familiar é fundamental durante a gestação 
Esse também é um momento em que toda a família participa e se emociona junto com a mãe. Todos ficam preocupados e querem estar presentes e ao lado da gestante até a chegada do bebê. É o que conta a secretária Raquel Fontes, que recebe todo apoio de seu esposo, o gestor Reinaldo da Costa. 
Mesmo trabalhando viajando, Reinaldo encontra tempo para acompanhar sua esposa nas consultas de pré-natal. “A ansiedade para a chegada do bebê é muito grande, principalmente porque, no começo, foi mais difícil com a perda da nossa filha. Gostaria de poder acompanhar mais minha esposa, mas o trabalho não deixa, mas pretendo estar presente e passar os valores importante para ele, ensiná-lo e, claro, brincar bastante”, pontua o pai orgulhoso. 
Mesmo com o medo da nova gestação, a balconista Elizeuda Rodrigues tem recebido o apoio do filho e do esposo, encorajando-a e acalmando-a em mais esta etapa de sua vida. 
“Essa é uma gravidez totalmente diferente da outra e claro que eu tenho medo, mas meu esposo e meu filho dizem que vai dar tudo certo, que só preciso ter calma e passar isso para o bebê. Não é fácil ser mãe, mas é maravilhoso saber que ele está crescendo dentro de mim”, disse.
Por: Isabela Lopes
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