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Agricultores questionam preço do milho vendido na Conab

Apesar do Ministério da Agricultura ter anunciado preços mais baixos para o Nordeste, a saca está custando R$ 36,50

15/10/2015 07:28

Pequenos e médios agricultores do Piauí já começam a se planejar para o plantio de grãos. A procura pelo milho já começa a aumentar nos armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento( Conab), mas o preço é motivo de reclamação entre os consumidores. 

No último mês de julho, o Ministério da Agricultura anunciou a venda de milho mais barato para atender os produtores rurais atingidos pela seca no Nordeste, mas quem procura os armazéns da Conab ainda não percebeu os descontos. A saca de 60kg do milho é vendida em 2015 por R$ 36,50, valor acima da média do ano passado, em torno de R$ 20,00.

Um dos principais motivos da alta do preço, segundo a CONAB, é diminuição dos subsídios para o produto. No ano passado o subsídio era de cerca de 40%, esse ano, fica em torno de 13%. Francisco Cardoso possui uma pequena criação de bovinos em sua propriedade, no município de Altos. Ele afirma que o preço dos grãos vendidos na Conab é próximo ao do produto vendido no mercado comum. 

Foto: Assis Fernandes/ ODIA

“É uma diferença mínima, que quase não vale a pena. Preciso de cerca de 20 sacas por mês para alimentar o gado, um gasto que está cada vez mais alto”, afirma o produtor rural. O armazém da Conab em Teresina possui cerca de 2 mil toneladas de milho estocadas. Segundo o superintendente regional do órgão, Alisson Pego, a procura, apesar da alta do preço, está dentro do esperado. 

“A procura está dentro da normalidade em todos os armazéns da Conab aqui no estado. A principal reclamação dos consumidores é justamente em relação ao preço. Mas o que podemos afirmar é que foram realizadas pesquisas de mercado para chegar a esse valor”, afirma. 

Ainda de acordo com Alisson Pego, o estoque atual da Companhia Nacional de Abastecimento no Piauí é suficiente para suprir toda demanda dos agricultores até o final de 2015. “Até o mês de dezembro os agricultores não vão ter dificuldades no acesso a esses grãos”, garante.

Por: Natanael Souza- Jornal O Dia
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