Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

120 famílias ocupam terreno na zona Sudeste

No local, adultos e crianças se unem e trabalham na construção do sonho da casa própria, mas temem serem despejados

28/12/2016 06:54

Cerca de 120 famílias ocupam, desde 25 de novembro, um terreno localizado nas proximidades do Centro de Distribuição do Grupo Carvalho, na zona Sudeste de Teresina. No local, adultos e crianças se unem e trabalham todos os dias na construção do sonho da casa própria.


Ocupantes alegam que não têm onde morar e estão construindo casas (Foto: Moura Alves/O Dia)

Batizada de Anselmo Dias, a ocupação, assim como o emblemático líder comunitário, resiste às incertezas. A propriedade do terreno ainda não é uma certeza, mas, de acordo com os moradores, todas as evidências apontam para que o Governo do Estado seja o proprietário da área. Apesar da falta de informações concretas, a vegetação passa, aos poucos, a dar lugar às construções, mesmo que ainda arcaicas, feitas com madeira, barro e taipa.

As histórias de quem participa do movimento são repetitivas. Em resumo, a área é ocupada por famílias que moravam de aluguel ou em imóveis cedidos por familiares e que encontraram a chance de ter uma casa.


Foto: Moura Alves/O Dia

“Vim pra cá porque não tinha mais para onde ir”. Esse é o relato de Antônio Lima, que, junto com a esposa e os 5 filhos, saiu de uma casa no Parque Poti, onde morava de favor. “Quando eu soube que estava surgindo essa ocupação, vim com família, com tudo, na esperança de conseguir minha casa”, afirma.

Para buscar uma maior organização e articulação, as famílias elegeram uma comissão, composta por alguns dos moradores, que procuram o diálogo junto ao poder público. Francisco Wilton, vice-líder da ocupação Anselmo Dias, explica que o terreno foi divido em lotes de 8x18 metros, para atender às necessidades das famílias.


Foto: Moura Alves/O Dia

“Todas as famílias que estão na ocupação estão aqui porque realmente precisam. Algumas pessoas moravam de aluguel e já foram despejadas por não ter dinheiro para pagar. Nós da comissão temos o cadastro com todas as famílias e vamos buscar, do Estado, a posse desse terreno para que as famílias possam morar”, explica Francisco Wilton.

Por: Natanael Sousa - Jornal O Dia
Mais sobre: