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Terrorista de Londres usou o WhatsApp minutos antes de começar atentado

Autoridades querem determinar se Massod agiu sozinho ou se teve ajuda de alguma célula criminosa.

25/03/2017 14:29

O terrorista Khalid Masood, de 52 anos, apontado como o responsável pelo atentado que matou cinco pessoas e feriu outras 40 em Londres, no Reino Unido, na última quarta-feira, usou seu smartphone para acessar o WhatsApp pouco antes de começar o atentado. De acordo com informações do jornal "The New York Post", o britânico, que foi classificado como "soldado" pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), usou pela última vez o aplicativo de bate-papo por volta das 14h37 (horário local), apenas três minutos antes de a polícia receber o primeiro relato de ataque na Ponte de Westminster.

Os investigadores do caso apuram agora o conteúdo da conversa do terrorista pelo WhatsApp. Segundo a publicação americana, autoridades querem determinar se Massod agiu sozinho ou se teve ajuda de alguma célula criminosa.

De acordo com a rede de televisão britância "BBC", a polícia tenta desvendar mais detalhes sobre o passado do terrorista, que se dizia professor, embora nunca tenha trabalhado em escolas de Londres. Autoridades disseram que o britânico nasceu com o nome Adrian Elms; depois, usou o nome Adrian Russell Ajao, adotando o sobrenome do seu padrasto; e, após se converter ao islamismo, passou a ser conhecido como Khalid Masood.

Polícia britânica divulga imagem antiga de Khalid Masood na escola em Tunbridge Wells (Foto: Divulgação)

Embora não estivesse sendo investigado recentemente, o britânico já era conhecido da polícia por ter praticado crimes violentos no passado e por ter possíveis conexões terroristas. A sua última condenação havia sido em 2003, por posse de uma faca.

Vestido com roupa preta e de barba longa, o agressor avançou com seu automóvel e atropelou vários pedestres na calçada da ponte de Westminster, diante do Big Ben, e depois esfaqueou um policial que impediu sua entrada na sede do Parlamento, antes de ser morto pelos tiros dos agentes.

“O autor do ataque diante do Parlamento britânico é um soldado do EI e a operação foi realizada em resposta a um chamado para atacar os países da coalizão (internacional antijihadista)”, indicou a agência Amaq.

Massod foi morto no local do atentado por um policial.

Na quarta-feira, autoridades britânicas haviam dito que o atentado havia deixado cinco vítimas fatais. No entanto, depois o número foi revisado para quatro, incluindo o terrorista. Dentre as vítimas, estão o policial Keith Palmer, de 48 anos, que foi esfaqueado pelo terrorista; a espanhola Aysha Frade, de 43 anos; e o turista americano Kurt Cochran, de 54 anos.

Na manhã desta quinta-feira, a vida começou a voltar à normalidade em Londres. No Parlamento, que foi reaberto, os deputados fizeram um minuto de silêncio, e a bandeira foi hasteada a meio mastro. Tanto no interior quanto no exterior da casa legislativa, policiais, parlamentares e cidadãos participaram do minuto de silêncio em homenagem às vítimas.

OITO DETIDOS

Mais cedo, oito pessoas foram detidas em seis residências por suspeita de vínculos com o atentado. De acordo com Mark Rowley, comandante da unidade antiterrorista da Scotland Yard, as investigações acontecem em Londres, Birmingham e outros pontos do país.

A imprensa britânica já havia informado algumas horas antes sobre uma grande operação policial em Birmingham, que teria resultado em várias detenções. Esta cidade do centro do Reino Unido possui uma das maiores comunidades islâmicas do país. Mohamed Abrini, um dos autores dos atentados de Bruxelas e Paris, morou em Birmingham.

O Reino Unido já foi palco de atentados de simpatizantes da al-Qaeda, em 2005, e de extrema-direita, em junho do ano passado, quando o ultranacionalista Tommy Mair assassinou a deputada Jo Cox, defensora da permanência do país na União Europeia.

Fonte: Extra
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