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ONU não enviará observadores a eleição na Venezuela, diz agência

Nos últimos meses, Maduro endureceu as críticas a órgãos da ONU

24/03/2018 08:22

A ONU informou nesta sexta-feira (23) ao regime de Nicolás Maduro que não dará assistência à realização da eleição presidencial na Venezuela, rejeitando o pedido feito pelo país, segundo a agência de notícias Associated Press.

Com a negativa, só entidades chamadas pelo chavismo observarão o pleito de 20 de maio, boicotado pela oposição e cuja convocação foi condenada por EUA, União Europeia e países da América Latina críticos do ditador.

Eleições para Constituinte na Venezuela, em outubro de 2017. (Foto:Tania D’amelio)

Em fevereiro, quando as autoridades fixaram o cronograma da votação, o mandatário havia solicitado o envio de uma missão de observação internacional ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

A iniciativa constava de um acordo das fracassadas negociações de Maduro com a frente opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD). A coalizão não o assinou por não assegurar a participação na eleição e a lisura do processo.

Na ocasião, o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, disse que a proposta deveria ser submetida ao Conselho de Segurança ou à Assembleia-Geral, mas a delegação venezuelana não fez nenhuma solicitação aos órgãos.

Na semana passada, o regime e o candidato opositor Henri Falcón, único da MUD que decidiu concorrer, viajaram a Nova York para negociar o envio da missão de observação, mas não receberam resposta da organização.

A ditadura ainda não comentou a carta. À Associated Press, membros da campanha de Falcón disseram que, com a recusa da ONU, a situação da eleição mudou, mas não confirmou se ele cumprirá a promessa de deixar a disputa.

Nos últimos meses, Maduro endureceu as críticas a órgãos da ONU, como os altos comissariados para refugiados e direitos humanos, pelas críticas ao regime e negou a entrada de missões dos dois.

Mesmo se a ONU decidisse votar, a probabilidade de a missão eleitoral ser aprovada era reduzida. No Conselho de Segurança, ela estaria sujeita ao veto dos EUA, críticos do regime, e da Rússia e da China, aliados do ditador.

Fonte: Folhapress
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