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Manobra dos EUA pode resultar em combates, diz Coreia do Norte

Apesar das ameaças norte-coreanas, o Departamento de Estado dos EUA anunciou que a operação acontecerá como previsto.

20/08/2017 17:25

A Coreia do Norte afirmou neste domingo (20) que as manobras militares planejadas pelos Estados Unidos e Coreia do Sul, que devem começar nesta segunda (21), "jogarão gasolina na fogueira" em um momento de tensão entre Pyongyang e Washington.

"Estas manobras são a expressão mais explícita da hostilidade em relação a nós. Ninguém pode garantir que os exercícios não resultem em verdadeiros combates", afirma um editorial do jornal "Rodong Sinmun", do regime norte-coreano.

Em julho, a Coreia do Norte realizou testes de mísseis intercontinentais e alavancou a tensão com os EUA. Dias depois, o presidente norte-americano, Donald Trump, chegou a dizer que o país vai responder com "fogo e fúria"caso Pyongyang faça novas ameaças.

O ditador norte-coreano, Kim Jong-un, sorri após teste com míssil balístico (Foto: KCNA)

O regime norte-coreano, então, ameaçou lançar mísseis na direção da ilha americana de Guam, no Pacífico. Pouco depois, o ditador do país, Kim Jong-Un, suspendeu o projeto, mas advertiu que a execução dependeria do comportamento de Washington.

No atual contexto, Coreia do Sul e EUA iniciarão nesta segunda os exercícios conjuntos anuais, durante os quais milhares de soldados treinarão para proteger o território sul-coreano de um eventual ataque norte-coreano.

A cada ano, Pyongyang –que considera estas manobras uma provocação e um teste para a invasão de seu território– ameaça com represálias militares.

"Se os EUA se perderem na fantasia de que uma guerra na península aconteceria na porta de outro [país], longe deles, estão mais equivocados do que nunca", diz outro trecho do editorial.

'MAIS GRAVE DO QUE NUNCA'

Apesar das ameaças norte-coreanas, o Departamento de Estado dos EUA anunciou que a operação acontecerá como previsto.

Washington se negou a informar se o Exercício será menor para não exacerbar as tensões, mas o ministério sul-coreano da Defesa anunciou a participação de 17.500 soldados, uma redução significativa na comparação com 25.000 envolvidos nas manobras do ano passado.

Ao mesmo tempo, o general Jeong Kyeong-Doo, comandante do Estado-Maior das Forças Armadas sul-coreanas, considerou que a situação atual é "mais grave do que nunca".

"Em caso de provocação do inimigo, [nosso Exército] tomará medidas de represália fortes e determinadas para fazê-lo lamentar amargamente", disse.

Quando Kim Jong-Un adiou o plano Guam, ele exigiu que Washington interrompesse as "arrogantes provocações" na região.

Fonte: Folha de São Paulo
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